segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Brasil marcha para voltar à República Velha

Brasil marcha para voltar à República Velha
27/12/2010

Commodities puxam alta de 33% das exportações e ampliam exposição externa

Mais uma vez, o Brasil dependeu da alta nos preços das commodities para manter suas exportações crescentes. Até outubro, as vendas externas do país tiveram a maior expansão entre as 70 principais economias, superando a taxa de crescimento da China e subindo no ranking dos maiores exportadores. A informação é da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Segundo a OMC, a expansão das exportações nacionais foi de 33%, inflada pelas commodities e pela recuperação das compras da China e de outros mercados emergentes. Ou seja, com juros elevados e câmbio valorizado, o Brasil continua priorizando a venda de produtos de baixo valor agregado, que respondem apenas por cerca de 6% do comércio mundial, enquanto importa produtos manufaturados.

Com US$ 163,3 bilhões em exportações até outubro, o Brasil superou a Suíça no ranking da OMC, para a ocupar a 23ª posição. O Brasil praticamente se igualou à Malásia e reduziu bastante a diferença com a Índia e a Austrália.

Economistas apontam que se o ritmo de crescimento das vendas nacionais for mantido nos dois últimos meses de 2010, o Brasil deve acabar o ano voltando a ocupar pelo menos a 22ª posição, posto que mantinha em 2008.

Desde então, porém, a valorização do real prejudicou as exportações, que passaram a depender da variação nos preços das commodities para permitir maior arrecadação.

Até outubro, o Brasil superara a expansão das exportações chinesas, de 32%. A China é o maior exportador do planeta, confirmando sua posição em 2010 acima dos EUA e da Alemanha.

Faltando quatro dias úteis para o fechamento de 2010, exportações brasileiras somam US$ 197,999 bilhões e já superam o recorde de 2008, de US$ 197,942 bilhões.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, as vendas este ano cresceram 31,9% sobre de 2009, considerando-se a média diária. Mas, apesar do menor volume, as importações cresceram mais ainda: 42.3%, para US$ 179,139 bilhões.

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