sábado, 23 de outubro de 2010

RU demitirá 490 mil para pagar dívida de salvamentos dos bancos

Reino Unido demitirá 490 mil para pagar dívida de salvamentos dos bancos 

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Extermínio em massa

Reino Unido ameaça demitir 490 mil para pagar dívida para salvar bancos

Monitor Mercantil, quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, anunciou que o governo conservador do país pretende demitir até 490 mil servidores nos próximos quatro anos.

Osborne alegou que essa política de extermínio social seria necessária para reduzir o déficit público e retirar a economia da estagnação. O plano, apresentado por ele ao Parlamento, é o maior programa de cortes orçamentários do Reino Unido das últimas décadas.

Ele disse, ainda, que as demissões em massa ajudariam a reduzir, até 2015, a dívida que o país assumiu para salvar grandes bancos, ao ritmo de 43 bilhões de libras (49 bilhões de euros) ao ano.

O governo britânico prevê, despesas de 651 bilhões de libras (US$ 742 bilhões de euros) para 2011; 665 bilhões de libras (758 bilhões de euros) para 2012; 679 bilhões de libras (774 bilhões de euros) para 2013; e, 693 bilhões de libras (790 bilhões de euros) para o período 2014-2015.

"Hoje é o dia em que o Reino Unido sai do abismo, quando enfrentamos as contas de uma década de dívida", alegou o ministro.

Para o economista Adriano Benayon, da Universidade de Brasília (UnB), porém, o governo está comprometendo as receitas futuras: "Com a depressão da economia real e o desemprego em alta, as perspectivas não são nada favoráveis para as empresas cobrirem os juros e reduzirem significativamente suas dívidas."

Citando dados da economia dos EUA, o economista afirma que a situação agora está pior do que antes de 2007, quando começou a fase mais aguda da crise.

"Na Grande Depressão, os créditos totais atingiram, nos EUA, em 1935, o recorde de 260% do PIB. Agora estão em 360% do PIB, que, em grande parte, corresponde a rendas financeiras. As grandes empresas norte-americanas elevaram seus débitos em US$ 482 bilhões desde 2007", contabiliza.

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