sábado, 17 de julho de 2010

Crescimento econômico acelerado não garante redução da pobreza

A seguir, mais uma notícia que reforça a tese desenvolvida aqui no blog em inúmeras postagens sobre como apesar do recente ciclo de desenvolvimento econômico por que vem passando o Brasil, não se modificou um conjunto de estruturas que pautam o caráter dependente e periférico do país no sistema capitalista mundial, uma sociedade subdesenvolvida, manifestado entre outras coisas na grande e persistente desigualdade social. Mostra também, que o progresso econômico resultante do período (medido pelo crescimento do PIB) não foi apropriado pela maioria trabalhadora da população brasileira, o que seria medido com a melhoria dos índices de desigualdade de renda.

Crescimento econômico acelerado não garante redução da pobreza

Carolina Gonçalves, Agência Brasil
RIO DE JANEIRO - O crescimento econômico registrado no Brasil não foi suficiente para elevar o padrão de vida de todos os brasileiros. O boletim sobre pobreza e miséria apresentado nesta terça-feira (13) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que as regiões com maior expansão econômica não foram necessariamente as que mais reduziram a pobreza e a desigualdade. Entre 1995 e 2008, a Região Centro-Oeste, por exemplo, registrou o maior ritmo médio anual de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) per capita do país (5,3%). Mas a região teve o pior desempenho na redução média anual da taxa de pobreza absoluta (-0,9%) e a segunda pior evolução na diminuição média anual da taxa de pobreza extrema (-2,3%).
Além disso, em 2008, o Distrito Federal liderou a lista das unidades da federação com maior desigualdade de renda, com índice Gini de 0,62, seguido por Alagoas (0,58) e Paraíba (0,58). O índice varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade.
Por outro lado, a Região Sul, que registrou o menor ritmo de expansão anual do PIB por habitante (2,3%), foi a região do país com o melhor desempenho em termos de redução das taxas de pobreza absoluta (-3,0%) e pobreza extrema (-3,7%) entre 1995 e 2008.

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