quarta-feira, 5 de maio de 2010

1o de maio de luta une 10 mil por melhores salários e condições de vida

Maio da Praça da Sé não se vendeu aos patrões e mostra que trabalhador unido faz história


Redação Conlutas - Bianca Pedrina

O ato reuniu mais de mil trabalhadores que clamavam por melhores salários e condições de vida

O 1° de Maio da Praça da Sé teve a presença de mais de mil trabalhadores e trabalhadoras que por meio de peças teatrais e apresentações, viram sua vida retratada e puderam refletir sobre o que é ser trabalhador e a importância de lutar por melhores salários e condições de vida.

Um palanque foi montado ao pé das escadarias da Igreja da Sé para o ato político e apresentações culturais. O grupo Radiola, responsável pela abertura do ato, trouxe descontração e música popular ao público. O grupo teatral Marighela veio com a cultura afro na dança, e no ritmo do Rap retratou a vida do trabalhador.

No ato estiveram presentes as centrais sindicais Conlutas e Intersindical e diversas entidades, entre as quais a Pastoral Operária e sindicatos de diversas categorias, como a dos servidores públicos em luta. Todas reafirmaram seu compromisso com a mobilização dos trabalhadores contra patronal e o governo. Também marcaram presença os movimentos populares MTST, MST e Terra Livre e os partidos políticos entre os quais o PSTU com o seu pré-candidato à presidência de República Zé Maria de Almeida e o PSOL com o seu candidato Plínio de Arruda Sampaio.

A Conlutas reforçou a importância da unidade dos trabalhadores em um 1° de Maio classista. O membro da Coordenação Nacional, Dirceu Travesso, informou aos trabalhadores sobre as principais campanhas da Conlutas, em defesa dos aposentados, e que briga ao lado da categoria pelo reajuste das aposentadorias igual ao do salário mínimo. Da mesma forma reforçou que entidade lutará pela redução da jornada para 36 horas, sem redução de direitos estendida para todos os trabalhadores.

Os movimentos populares MTST, Terra Livre e MST denunciaram a opressão e a criminalização do trabalhador do campo e da cidade que lutam por terra e moradia.

Ao final, o pré-candidato do PSTU Zé Maria de Almeida falou sobre a crise econômica que se aprofunda na Grécia e vem influenciando a economia de países da zona do Euro. Comparou as batalhas que são travadas aqui pelos trabalhadores todos os dias, além lembrar da luta dos haitianos, que após quase quatro meses do terremoto continuam vivendo em absoluta penúria nos acampamentos, sem alimentação suficiente e sem as mínimas condições de higiene. Zé Maria disse ainda que é necessário reforçar a campanha pela saída das tropas de ocupação."É necessário enviar médicos, educadores, enfermeiros para lá, é disso que o povo haitiano precisa".

O candidato do PSOl, Plínio de Arruda Sampaio, comentou otimista a presença de lutadores no ato da Praça da Sé e ressaltou a importância da união das centrais para o fortalecimento das lutas no país.

Uma apresentação com a poesia de Vinícius de Moraes, Operário em Construção, emocionou a todos e marcou o significado do trabalhador na luta por seus direitos, que deixa de ser um operário construído para ser um operário que constrói e faz sua história. Ao final o Hino da internacional, foi tocado e cantado por todos.

Neste 1° de Maio classista os trabalhadores deram mais um passo na consciência de que o trabalhador unido e em luta pelos seus diretos prepara o caminho para uma sociedade mais justa e igualitária.

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