quarta-feira, 28 de abril de 2010

País gastou 5,7 vezes mais com juros do que com Saúde em 2009

País gastou 5,7 vezes mais com juros do que com Saúde em 2009

Monitor Mercantil, 23/04/2010


No dia em que o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, fizeram exposições na CPI da Dívida Pública no Congresso Nacional, nas quais deram ênfase à dívida líquida do setor público e a uma suposta independência conquistada em relação ao receituário do FMI, o líder do PSOL na Câmara, o deputado Ivan Valente (SP), mostrou que o país paga as maiores taxas de juros do mundo na dívida interna. E gastou R$ 380 bilhões com juros e amortizações em 2009 (R$ 169 bilhões somente em juros), além de continuar, na prática, seguindo a política de arrocho fiscal e liberalização financeira, preconizada pelo FMI.
Por sua vez, o relator da CPI, deputado Pedro Novais (PMDB-MA), criticou duramente o crescimento da dívida bruta do país, lembrando que os juros e amortizações pagos equivalem a 5,7 vezes o Orçamento da Saúde para este ano (R$ 66,9 bilhões).
Contabilidade errada
O economista Rodrigo Ávila, da Auditoria Cidadã da Dívida, esclareceu que o critério de dívida líquida esconde a verdadeira dimensão do endividamento público: "Basicamente, a diferença entre dívida bruta e líquida está nas reservas, contabilizadas como ativo, mas cujo carregamento custa R$ 40 bilhões por ano; no uso do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) como ativo do governo, quando na verdade pertence aos trabalhadores; e nos empréstimos, em títulos públicos do Tesouro para o BNDES, que já totalizam R$ 130 bilhões", listou Ávila.
Segundo ele, emprestar ao BNDES não representa um problema, mas os juros são tão altos e os prazos tão curtos que a diferença entre o que o Tesouro paga e o que o banco recebe é muito grande, impactando fortemente as despesas públicas.
Os cálculos do professor Ricardo Bergamini, da UFSC, corroboram a opinião de Ávila. Segundo o professor catarinense, em 2009 a dívida bruta totalizou 68,35% do PIB, enquanto o governo, insiste em que a dívida líquida oscila em torno de 41%.
"A principal crítica aos ativos do governo é que eles não podem ser usados para o pagamento de obrigações do governo", destacou Ávila.
Dinheiro da privatização
Já o economista Dércio Garcia Munhoz, da UnB, ponderou que, após a instituição de leilões de títulos no mercado aberto, nas chamadas operações compromissadas, o governo passou a pagar juros superiores à taxa básica (Selic) sobre uma parte da dívida, não declarada, que já se aproxima de meio trilhão de reais: "E a deflação do IGP-M ainda elevou em dois pontos percentuais a remuneração dos especuladores", acrescentou.
Os números do BC confirmaram a informação do professor da UnB: o custo médio de carregamento da dívida interna da União em 2009 foi de 0,8499% ao mês (10,69% ao ano), com ganho real para os investidores de 0,9915% ao mês (12,57% ao ano), depois de incluída a deflação média/mês do IGP-M de 0,1416% (1,7125% ao ano).
Munhoz disse, ainda, que na dívida líquida estão descontadas as dívidas dos estados e municípios e o lucro das estatais:
"O financiamento aos estados e aos municípios foi feito com dinheiro da privatização. É um haver, mas no conceito de dívida líquida, foi contratado com juros e prazos diferentes - situação semelhante à dos repasses do Tesouro ao BNDES. Além disso, esses haveres não têm liquidez", disse, acrescentando que o superávit primário (economia para pagar juros) está muito aquém da despesa efetiva, que acaba ajudando a aumentar a dívida.
Nova escravidão
Esse quadro, para o economista Adriano Benayon, também da UnB, configura uma "nova escravidão". Benayon calcula que a União despendeu de 1988 a 2007 R$ 4,5 trilhões no serviço das dívidas interna e externa, em valor atualizado a preços de 2007, por juros, encargos e amortizações, não contadas a rolagens:
"Acrescentando a despesa de 2008 e 2009 e atualizando tudo em preços de dezembro de 2009, o gasto acumulado, de 1988 a 2009 com o serviço da dívida ascendeu a R$ 5,7 trilhões", criticou, ressaltando a aceleração do processo de endividamento.
"A elevação foi de 15%, de 2007 para 2008 (R$ 280 bilhões), e de 35%, de 2008 para 2009 (R$ 380 bilhões), em preços correntes", contabilizou, frisando que a carga tributária cresceu 51% desde 1989, sem, porém, oferecer, em contrapartida, serviços públicos de qualidade ou mesmo um efetivo controle do endividamento: "Muito pelo contrário", criticou.
Com relação ao endividamento dos estados e municípios, Benayon disse que pagam juros extorsivos à União: "Em valores de dezembro de 2008, os estados receberam R$ 184,98 bilhões, pagaram R$ 119,49 bilhões e ainda estão devendo R$ 320,25 bilhões. Um formidável subsídio dos estados à União de R$ 254,76 bilhões", comparou.
Dívida interna x externa
Outro problema destacado pelos economistas é a semelhança entre os montantes das reservas cambiais e das operações compromissadas do BC no mercado aberto, que se aproximam dos R$ 500 bilhões.
As duas juntas geram despesas de R$ 80 bilhões por ano, equivalente a quatro Orçamentos do PAC na União. No entanto, Rodrigo Ávila esclareceu que as operações compromissadas, embora não apareçam nos boletins do BC, estão corretamente contabilizadas como passivo na hora de calcular a dívida líquida:
"O problema, mais uma vez, é o custo representado pelos juros. Entre dezembro de 2008 e fevereiro de 2010, essas operações foram as principais responsáveis pelo crescimento da dívida líquida. Como percentual do PIB, eram 10,8%, em 2008, e hoje já chegam a 15,6%. Ou seja, 44% de aumento em relação ao PIB", salientou, apontando a troca de títulos públicos por dólares que engordam as reservas como a principal causa desse crescimento.
O raciocínio de Paulo Passarinho, conselheiro do Corecon-RJ, vai na mesma linha. Segundo ele, Mantega "desprezou fatos históricos banais" em seu depoimento:
"A adoção da política monetária baseada no modelo de metas inflacionárias, a política fiscal com o objetivo de se alcançar pesadas metas de superávit primário e o regime de câmbio flutuante - características da atual política macroeconômica - foram exigências do último acordo celebrado com o FMI, ainda no tempo de FH", disse, enfatizando a relação entre o acúmulo de reservas e o crescimento da dívida.
"A dívida interna em títulos do governo federal ultrapassa hoje os R$ 2 trilhões. Quando Lula assumiu o governo, em janeiro de 2003, era de R$ 687 bilhões. Lembremos que, em janeiro de 1995, quando do início dos governos de FH, a dívida era de apenas R$ 59,4 bilhões", contabilizou, acrescentando que, em 2009, o Brasil pagou juros reais positivos de 12,57% ao ano e recebeu das aplicações das reservas juros reais negativos de 3,8% ao ano (juros zero para inflação norte-americana de 3,8% ao ano): "Um ganho real para o mercado financeiro internacional de 16,37% ao ano."
Oligopólio
Em seus depoimentos à CPI da Dívida, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do BC, Henrique Meirelles, divergiram em um ponto: Mantega criticou o custo excessivo dos empréstimos bancários. Meirelles rebateu, afirmando que a Selic, que ainda pode subir no fim do mês, teria sido importante para manter a inflação sob controle, preservar o poder de compra da população e garantir o crescimento sustentado do país.
Mantega, porém, lembrou a oligopolização do setor financeiro brasileiro, no qual os seis maiores bancos dominam cerca de 80% dos empréstimos e financiamentos.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Até para FGV excesso de gastos públicos e baixo investimento são mitos

Pilar do conservadorismo econômico brasileiro, a FGV, apresenta estudo que ataca dois grandes mitos recentes sobre contas públicas brasileiras.

Veja a matéria do colunista do Portal iG Guilherme Barros.

FGV diz que excesso de gastos públicos e baixo investimento são mitos que devem ser revistos

Um dos mais tradicionais centros do conservadorismo brasileiro, a Fundação Getúlio Vargas, decidiu atacar o que chamou de dois grandes mitos do debate sobre as contas públicas.

A crítica está na Carta do Ibre, que começa a circular esta semana na revista Conjuntura Econômica.
O texto é polêmico e promete dar o que falar.

No editorial, a instituição simplesmente desmonta as teses da gastança no setor público e de que o baixo investimento do governo se deve à limitação de recursos.

Diz a Carta: “São dois grandes mitos do debate sobre as contas públicas no Brasil. O primeiro diz respeito à possibilidade de melhora do desempenho fiscal com um “choque de gestão” que ataque as ineficiências do Estado brasileiro, e venha a gerar uma substancial economia das despesas de custeio da máquina pública.
O segundo mito é apontar, “como único motivo do baixo investimento do governo federal, os recursos limitados liberados para esse fim, uma vez que o grosso da receita pública seria direcionado para os gastos correntes”.

“Não há gastança desenfreada e descontrolada do Estado”, diz a FGV

A parte mais polêmica da Carta do Ibre, sem dúvida, é a que trata do mito do gasto público para custeio.
A partir de uma análise minuciosa das despesas de custeio do governo de 1999 a 2009, o texto chega a pelo menos duas importantes conclusões.

A primeira de que “o grande salto da despesa pública federal entre 1999 e 2009 não se deveu a uma gastança desenfreada e descontrolada em benefício de pequenos grupos orbitando em torno do Poder Executivo”.

Segundo o documento, “ainda existem grandes e aparentemente injustificáveis distorções que merecem reavaliação, como o sistema de pensões absurdamente generoso. De maneira geral, no entanto, o aumento do Estado naquele período correspondeu à implantação de um projeto de sociedade com maiores e relativamente melhores serviços públicos essenciais, e com maciças transferências sociais e previdenciárias para grupos específicos, porém bastante amplos, como idosos, pobres, funcionários públicos e suas respectivas famílias”.

A outra conclusão é de que o volume dos gastos de custeio indica que, independentemente do tamanho ser adequado ou não (o que só um estudo muito mais detalhado poderia dizer), ele não é suficientemente inchado para que daí saia o grande ajuste fiscal brasileiro.

Para FGV, gastos sociais explicam aumento das despesas

Segundo a Carta do Ibre, o aumento dos gastos do governo, de 1999 até 2009, se deve basicamente à ampliação das despesas para a área social, assim como para educação e saúde.

De acordo com texto, “a análise da evolução da despesa desde 1999 mostra que o grosso do crescimento deveu-se ao mandato político democraticamente conferido pela população aos governantes, ao longo de dois governos situados no eixo do centro à centro-esquerda, para que expandissem e fortalecessem o estado de bem-estar social brasileiro”.

E prossegue: “Alguns dos itens que explicam esse crescimento são quase que unanimidades, como os gastos sociais, que mais do que duplicaram, saindo de 0,6% para 1,3% do PIB; ou o custeio de educação e saúde, que dobraram, de 0,7% para 1,4% do PIB. Outros podem ser mais polêmicos, como o salto das despesas do INSS de 5,5% para 7,2% do PIB, mas sem dúvida nenhuma correspondem ao anseio popular por transferências e garantias de rendas bancadas pelo Estado”.

O documento ressalta também a política de aumento do salário mínimo: “É importante destacar também a forte influência da política de valorização do salário mínimo sobre aquela elevação. Na decomposição do aumento dos gastos, a ampliação de 0,4 ponto percentual nas despesas de pessoal, de 4,4% para 4,8% do PIB, é a componente responsável por cerca de 10% da expansão total dos gastos”.

Excesso de gastos não é a razão do baixo investimento, diz FGV

Na contramão do senso comum, outro ponto não menos polêmico da Carta do Ibre é a que trata do baixo volume de investimento no país.

Hoje, o investimento público total no Brasil é proporcionalmente menos da metade do que era na década de 1970, apesar do grande aumento da carga tributária de um período para o outro, de aproximadamente 25% para 35% do PIB.

Normalmente, o que se diz é o que excesso de gasto com custeio restringe o investimento.
O texto diz, no entanto, que “a questão orçamentária é um problema que aparentemente afeta mais os programas menores, mas não é um fator limitativo ao investimento dos grandes programas, cujos recursos foram autorizados e empenhados na Lei Orçamentária Anual (LOA)”.

O documento afirma também que a trava ao investimento público não se limita aos fatores sempre apontados como “vilões” pelo governo, como as licenças ambientais, a fiscalização pelos tribunais de contas e as exigências da Lei 8.666, a das licitações.

“Na verdade, não é claro que mudanças restritas a esses pontos resolvam o problema da baixa execução dos investimentos orçados. Sem um grande esforço para melhorar a organização da máquina pública, é provável que o governo federal continue a investir ainda menos do que os recursos já diminutos que reserva para esse fim”, conclui a Carta do Ibre.

A análise da Carta do Ibre foi feita com base num levantamento de Mansueto de Almeida, economista do IPEA.

Segundo o trabalho, em muitas obras em que os recursos para a realização dos investimentos já foram autorizados e empenhados, o que limita a execução são diversos entraves, desde os burocráticos e administrativos até questões ligadas à licitação e controle do Tribunal de Contas da União (TCU).

O exercício revelou, de forma até certo ponto surpreendente, que as falhas parecem ser mais internas, isto é, relacionadas ao funcionamento da máquina pública, com uma presença relativamente menor dos problemas ligados ao ambiente institucional — isto é, exigências ambientais, auditorias dos tribunais de contas e rigidez dos processos de concorrência.

Assim, liderando o ranking, figuraram as restrições administrativas, orçamentárias, financeiras e gerenciais.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

80 anos de Maria da Conceição Tavares

entrevista com a "grande dama" da Economia Brasileira a economista luso-brasileira Maria da Conceição Tavares a um programa da GloboNews que no último dia 24 de abril completou 80 anos.

sábado, 24 de abril de 2010

Entender é transformar o que há

Porque o economista marxista russo Eugeny Preobrazhensky dizia que "entender é transformar o que há". Conhecer a realidade é o primeiro passo para a transformação - liberta das amarras mentais que levam a reprodução nas práticas das estruturas sociais opressoras e exploradoras.


"Nenhum povo pode liberta-se e autodirigir-se desconhecendo sua verdadeira história. Ainda que existam períodos de obscurantismo na vida dos povos, a humanidade vem-nos ensinando, através de milênios, que muitos povos construíram os alicerces de sua libertação sob o mais severo dos cativeiros. A alavanca promotora da libertação apoia-se no conhecimento crítico da história que gerou e que alimenta as forças opressoras"
                                              (AZEVEDO, Eliane. Raça: conceito e preconceito. São Paulo: Ática, 1990)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Congressos da Conlutas e o CONCLAT: Avança o processo de reorganização dos movimentos sociais

Nos dias 5 e 6 de junho em Santos (SP), teremos a realização do Congresso da Classe Trabalhadora (CONCLAT), que discutirá a unificação da Conlutas, da Intersindical, do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), do MTL (Movimento Terra Trabalho e Liberdade), do MAS (Movimento Alternativa Socialista), MPRA, Terra Livre e representantes da Pastoral Operária de SP em uma mesma central.

Este congresso de unificação será composto por delegados e observadores eleitos na base do setor sindical, do movimento popular, estudantil e dos movimentos de luta contra as opressões.

Principal fato político do processo de reorganização, o CONCLAT vem se transformando em um pólo de atração para ativistas, movimentos e entidades sindicais que querem construir uma entidade nacional democrática, de luta e independente dos governos. Algo que foi abandonado pela CUT a muito tempo.

Nos dias que antecedem ao CONCLAT, dias 3 e 4 de junho, também na cidade de Santos (SP), a Conlutas realizará o seu Congresso. O principal ponto do Congresso será a unificação da Conlutas com a Intersindical e as demais entidades e movimentos envolvidas neste processo.

Trabalhadores em educação da rede estadual também podem participar dos congressos da Conlutas e CONCLAT

As oposições sindicais também poderão inscrever delegados aos congressos. Estaremos apoiando às discussões a fim de se garantir a participação do maior número possível de ativistas dos movimentos sociais nos dois congressos.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Repressão da PM impede entrada de comida em acampamento sem-terra

TERRA LIVRE - SP: URGENTE!


Repressão da PM impede entrada de comida no acampamento


O mesmo governo que provoca enchentes e derruba casas, agora impede a entrada de alimento


INFORME n° 02 - 20.04.2010


Desde ontem [19.04.2010] a PM vem reprimindo as famílias, vítimas das enchentes, que ocuparam um terreno na Vila Curuçá, Zona Leste de São Paulo. A Polícia Militar vem tem adotado o método de tortura pscológica, revistando e constrangendo todas as pessoas que entram na ocupação e está impedindo a entrada de todo e qualquer alimento, inclusive para as crianças.

Neste momento a solidariedade é importante e necessária. Pedimos o apoio material, político e sobretudo jurídico. Nestge momento (09h55), a PM está multando e apreendendo todos os carros estacionados em frente ao acampamento.

O mesmo governo que fecha as comportas das barragens, inundando propositalmente a população, que derruba casas sem entregar novas casas no lugar, agora reprime quem não aceita ficar calado, e faz até mesmo as crianças passarem fome!

Desde domingo os moradores estão zelando pelo terreno, que estava cheio de lixo. As crianças iniciaram uma horta, cuidando com carinho de seu novo lar, um espaço onde podem brincar e crescer sem o risco do governo inundar suas casas. Infelizmente ainda não houve tempo para que a horta produza a alimentação necessária para as crianças. Portanto é inadmissível que a PM, sob o comando do governo, continue a impedir entrada de comida.


O PODER PÚBLICO, QUE DEVERIA GARANTIR O DIREITO A VIDA, JÁ RETIROU A MORADIA DAS FAMÍLIAS E AGORA ESTA IMPEDINDO O DIREITO FUNDAMENTAL À ALIMENTAÇÃO:

JOSÉ SERRA, GILBERTO KASSAB e agora ALBERTO GOLDMAN (novo governador) estão praticando TERRORISMO DE ESTADO!

Aqui estão as famílias vítimas das enchentes do governo Serra, que perderam tudo menos a coragem de lutar!

- Uma casa por outra!

- Minha casa é minha luta!

- Reforma Urbana Já!





TERRA LIVRE - movimento popular do campo e da cidade

Regional São Paulo

www.terralivre.org

secretaria@terralivre.org





11-7379 8860 - Vagner

11-7362 2841 - Zélia

11-7487 2925 - Marcio



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Direto do terralivre.org:



- 4 meses após enchente, começa obra de dique no Jardim Romano Estadão.com.br> 20.04.2010 - 00h00

- Terra Livre/SP - Informe do 1° dia de ocupação Terra Livre-SP > 19..04.2010 - 10:00

- Iniciada a construção do Galpão das Crianças Coletivo de Educação - Terra Livre-SP > 19.04.2010 - 09:30

- TERRA LIVRE - SP: 100 famílias ocupam terreno na Zona Leste de São Paulo Terra Livre-SP2>18.04.2010 - 10:152



- ATENÇÃO: acompanhe as informações com mais dinâmica através do blog: blog.terralivre.org



O Terra Livre - movimento popular do campo e da cidade, agradece as várias mensagens de apoio e a solidariedade de diversos companheiros e companheiras, além de entidades e movimentos. Isto é muito importante para a construção de uma sociedade justa, igualitária e livre.



Saudações de luta!



O Terra Livre é um movimento popular organizado por trabalhadores do campo e da cidade em quatro estados (GO, SP, RJ e MG). Lutamos pela Reforma Agraria e pela Reforma Urbana.



Na cidade, lutamos junto com os companheiros da Frente de Resistência Urbana.

- Uma casa por outra!

- Minha casa é minha luta!

- Reforma Urbana já!

FMI eleva previsão do PIB global, mas alerta para crise fiscal

A crise econômica mundial segundo os analistas começa a diminuir. Mas, na verdade, a crise mudou de patamar. Estamos "às portas" de uma crise muito maior, que tem como origem não uma crise no mercado financeiro e bancário, mas uma crise fiscal.

WASHINGTON (Reuters) - A economia global se recuperou da recessão mais rapidamente do que se previa, mas os pacotes de estímulo fiscal promovidos por vários governos pioraram a situação das finanças públicas, deixando os países vulneráveis a novos choques, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI) na quarta-feira.

Em sua Perspectiva Econômica Mundial, o FMI reviu de 3,9 para 4,2 por cento a sua estimativa de crescimento econômico global para 2010, e manteve em 4,3 a previsão para 2011.

"A perspectiva para a atividade permanece excepcionalmente incerta", disse o fundo, citando as dívidas públicas como a principal ameaça. "A maior preocupação é de que a margem de manobra política em muitas economias avançadas tenha sido em grande parte esgotada ou se tornado muito mais limitada, deixando essas frágeis recuperações expostas a novos choques", disse o documento.

As economias emergentes devem liderar a recuperação global, com previsão de crescerem em 2010 quase o triplo da média das economias avançadas.

Segundo o FMI, países emergentes e em desenvolvimento devem crescer 6,3 por cento neste ano e 6,5 por cento no próximo. Nos países avançados, a perspectiva é de 2,3 e 2,4 por cento, respectivamente.

A China terá novamente o maior crescimento --10 por cento neste ano e 9,9 por cento em 2011. Brasil, Índia e Indonésia também são citados pelo FMI como protagonistas de sólidas recuperações.

Já os países ricos enfrentam um problema crescente com suas contas, e a proporção entre divida e PIB já se aproxima dos valores da época da Segunda Guerra Mundial.

Embora o FMI tenha conclamado os países a adotarem "urgentemente" estratégias críveis de redução de dívidas, o órgão afirmou que as medidas de estímulo programadas para 2010 devem ser mantidas, porque a recuperação ainda é frágil e o desemprego está elevado.

Os reiterados alertas do FMI sobre a dívida pública parecem ganhar mais pertinência nos últimos meses, quando a crise fiscal da Grécia eleva os gastos do crédito e leva instituições multilaterais a cogitarem um pacote de resgate do país.

O Fundo disse que a consolidação fiscal é prioridade máxima para diversos países, e deve estar acima da normalização das taxas de juros, levadas a valores excepcionalmente baixos no auge da crise.

Pela avaliação do FMI, a eventual retirada dos estímulos fiscais reduziria os gastos públicos apenas em cerca de 1,5 por cento do PIB, e os países precisariam fazer o triplo de cortes para estabilizar sua relação dívida/PIB nos níveis atuais.

Restaurar a relação dívida/PIB de antes da crise exige ajustes ainda mais incisivos, provavelmente com elevação da carga tributária e cortes em gastos públicos, inclusive com previdência.

"Como estão, os atuais programas típicos de benefícios (sociais) implicam compromissos extra-balanços bem superiores à real dívida pública", disse o FMI.

(Reportagem de Lesley Wroughton e Emily Kaiser)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Fotos construção de Brasília

Em homenagem aos 50 anos de Brasília, poesia

Catedral de esplendor diga-me por que? o do por quê? de eu estar aqui, de repente...
tu estás linda! vitrais brilham, meus olhos também, com a  sua beleza, beleza em si, logo em mim que sou tão cético...
Solidão...
Vazio...
Espaços...
Amplidão...
Quadras e Entrequadras
Onde me acho
Através dos Amigos, da sinuca e da cachaça...
Encanto-me pelos jardins, eu sou o Conic (contra os mauricinhos-padrão, contra a Brasília oficial, contra os que só falam em concurso o tempo todo e em subir na vida), viva o rock, as putas da W3 Norte que eu amo, a rodoviária e sua balbúrdia (que beleza!), os traços do arquiteto e o céu de BSB me fazem pensar que desse concreto nasceu uma Flor, Flor do Cerrado e do sonho de um Brasil maior, utópico!


Vitor Figueiredo dos Santos

terça-feira, 20 de abril de 2010

Programação Oficial do aniversário de 50 anos de Brasília

Programação Oficial do aniversário de 50 anos de Brasília


Dia 20 de abril

Orquestra Sinfônica
Apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro
Data: 20 de Abril
Horário: 20h
Local: Teatro Nacional – Entrada Franca; Classificação Livre

Missa Solene
Abertura das festividades do jubileu de ouro de Brasília
Data: 20 de abril
Horário: 23h
Local: Altar Monumento na Esplanada dos Ministérios

Projeções na cúpula Museu Nacional - Swatch
A partir da 0 hora do dia 21 de abril, a cada três minutos serão projetas imagens da Brasília de ontem, de hoje e do futuro. O espetáculo de luzes é um oferecimento da Swatch. Serão exibidas imagens de pioneiros, da construção e da cidade de Brasília.
Data: 20/21 de abril
Horário: 0 hora (meia noite)
Local: Museu Nacional de Brasília

Dia 21 de abril

Sinos
Todas as igrejas de Brasília tocarão seus sinos
Data: 21 de abril
Horário: 7h
Local: Encontro na Catedral Metropolitana

Maratona Correio Braziliense – participar do encerramento
Horário: 8h
Local: Esplanada dos Ministérios

Hasteamento das Bandeiras dos Estados
Horário: 8h30
Local: Alameda das Bandeiras

Troca da Bandeira Nacional
Horário: 9h
Local: Praça dos Três Poderes

Exposições e Serviços
Horário: 9h
Local: Esplanada dos Ministérios
Praça do Cidadão
Polícia Civil, Militar e Bombeiros
Forças Armadas
Artesanato
Jardim Botânico
Etc.

Mundial de Vôlei de Praia
De 17 a 25 de abril
Horário: 10h
Local: Arena Central na Esplanada dos Ministérios

Parada da Disney
Horário: 10h30
Local: Eixo Monumental

Lançamentos dos Selos Comemorativos
Horário: 10h30
Local: Museu da República


Lançamento da Moeda Comemorativa – Casa da Moeda
Horário: 10h30
Local: Museu da República

Medalha da Ordem do Mérito de Brasília
Horário: 10h30
Local: Museu da República

Medalha 50 Anos – Casa da Moeda
Horário: 10h30
Local: Museu da República

Palco Católico
Horário 15 às 20h
Local: ao lado do Museu da República

Palco Gospel
Horário: 15 às 20h30
Local: atrás do Teatro Nacional

Esquadrilha da Fumaça
Horário: 14h

Universidade do Circo
Espetáculo “Somos Todos Brasileiros”
Horário: 17h30
Local: Anexo à Biblioteca Nacional

Palco Principal
Horário: 18h
Local: Esplanada dos Ministérios

Show Pirotécnico
Horário: 0h50

Programação artística do aniversário de Brasília


Brasília Canta sua História

Como definir Brasília? Capital do Rock, do Choro, novo berço da música sertaneja, reduto de boêmios do samba, do Hip Hop das periferias, da cultura popular e tantas tradições trazidas dos quatro cantos deste País continental.

Brasília é múltipla. Capital de todos os brasileiros!
E para comemorar seus 50 anos, um presente daqueles que ajudaram a construir sua identidade cultural.

No próximo 21 de abril, vamos celebrar a história desta cidade monumento – Patrimônio Cultural da Humanidade – por meio de sua música. Uma viagem ao longo destas cinco décadas que marcam o encontro do Brasil com seu povo.

Brasília faz 50 anos querendo celebrar sua identidade e sua cultura.

Brasília faz 50 anos querendo ver e ouvir a si mesma pela voz, arte e canto de seus artistas que aqui permaneceram ou que ganharam o mundo por seus talentos.

CULTURA POPULAR – 15h
PALCO PRINCIPAL
•BUMBA MEU BOI DE SEU TEODORO
•ZÉ MULATO E CASSIANO E A CATIRA
TRIO SIRIDÓ

SHOWS DE ABERTURA
PALCO PRINCIPAL
Atrações:
•PEDRO PAULO E MATHEUS - 16h
•PARALAMAS DO SUCESSO - 17h
• NANDO REIS – Tributo a Cássia Eller - 18h

DANIELA MERCURY – 19 horas
PALCO PRINCIPAL

Artista de personalidade magnética, que prima pela criatividade, responsabilidade e engajamento social, excelência e inovação em seus trabalhos, Daniela Mercury - embaixadora do Brasil pela UNICEF - passeia confortável pela diversidade musical. Daniela terá como responsabilidade comandar a grande festa da Esplanada dos Ministérios. Apresentadora e âncora do show conceito “Brasília Canta sua História”, receberá centenas de artistas, representantes dos mais
variados gêneros da música brasileira. Entre eles, um denominador comum: sua relação com Brasília.

PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS
Zélia Duncan
Hamilton de Holanda
Roberto Correa
Janette Dornellas
Clube do Choro e Reco do Bandolim
Coisa Nossa
Dhi Ribeiro
Káthia Pinheiro
Renata Jambeiro
Terminal Zero
Kátia Almeida
Grupo Amor Maior
Adriano Faquini
Nilson Freire
Matuskela
Batalá
Renato Matos
Oficina Blues
Bruno Dourado e Izabella Rocha
Viela 17
Plebe Rude
Mel da Terra
Raimundos
Indiana Nomma
Coral Madrigal de Brasília
Milton Nascimento
Léo Neiva e Bravi Pop Ópera
Osvaldo Montenegro
Squema Seis

ENCERRAMENTO
0h50 - Show Pirotécnico

Programação dos Palcos Católico e Gospel


Bandas Palco Católico
Horário 15 às 20h
Local: ao lado do Museu da República


15h – Johnny
15h10 Banda Maranatha
15h50 - Paulinho Sá
16h50 - Eliana Ribeiro
17h50 - Cristo Herói
18h35 - Anjos de Resgate


Bandas do Palco Gospel
Horário: 15 às 20h30
Local: atrás do Teatro Nacional


15h - Gladson GP e Banda
15h30 – Livre Arbítrio
16h - Ana Quézia
16h30 – Som da fé
17h - Brasília Big Band - Orquestra do Povo
17h30 - Oficina G3
18h30 - Regis Danese
19h30 - Irmão Lázaro
20h30 - Kleber Lucas

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Brasília, outros 50 - festival cultura paralelo ao oficial

Batizada de Brasília, Outros 50 é a programação festiva paralela a oficial organizada pelo Fórum de Cultura do Distrito Federal. Eventos vão rolar no Complexo Cultural da Funarte.

O evento Brasília, Outros 50 reproduzirá a idéia da diversidade de Brasília, de capital receptiva e que já nasceu patrimônio histórico. Brasília é uma cidade que abraça todas as diversidades da cultura brasileira e o Brasília, Outros 50 reproduzirá essa identidade, essencialmente porque é uma iniciativa que emana dos artistas da cidade. Bem vindos a esta diversidade cultural e viva a cultura de Brasília e do Brasil. De 20 a 23 de abril, não perca a virada cultura que acontecerá no Complexo Cultural Funarte.

Eventos paralelos de teatro, cinema, artes plásticas, circo, arte digital e música - tudo no mesmo lugar.


PROGRAMAÇÃO TEATRO
TEATRO PLÍNIO MARCOS
TERÇA-FEIRA - 20/04
21h - Udi Grudi - O cano
QUARTA-FEIRA - 21/04
10h - Arthur Tadeu Curado- Canção para se dançar sem par
12h - Magno Assis - Intervenção Reivax X (Foyer do Teatro)
13h - Pirilampo – Capital
14h - Paula Braga - Pequena Mostra de Dramaturgia / 2 leituras dramáticas
15h - Mais Companhia - As Monalisas
16h - Amara Hurtado - As Caixeiras / Coisas de Mulher (Foyer do Teatro)
19h - Jorge Antunes - Auto do Pesadelo de Dom Bosco
QUINTA-FEIRA - 22/04
01h - Mundin - Histórias para adultos não dormirem (Caminho dos camarins do teatro)
10h - Circo Payassú - O Colar de Contos
15h - Os Buriti - O Marajá Sonhador
SEXTA-FEIRA - 23/04
10h - Adeilton Lima - A Conferência
15h - Roupa de Ensaio - As Aventuras de Dom Xicote
21h - Hugo Rodas - Ópera de Três Vinténs
SALA CÁSSIA ELLER
SEXTA-FEIRA - 23/04
15h - Mapati - Os Saltimbancos
19h - Igor Fearn - Corpo de Leite Moça
QUINTA-FEIRA - 22/04
10h - Umbigo de Eros - Contos do Interior
11h30 - Cobaias das Artes - O Louco
15h - Teatro e Companhia - Marmelada.com
SEXTA-FEIRA - 23/04
10h - Idiossincrasias - Roubo
15h - Estrupenda Trupe - Uma Vaca Por Uns Grão
17h - Idiossincrasias - Vai uma história aí?
19h - Mirabai – Dança Indiana
21h - Fábrica de Teatro - Beijo no Asfalto
GRAMADO - ÁREA EXTERNA
QUARTA-FEIRA - 21/04
10h - O Hierofante - O Auto da Camisinha
15h - Esquadrão da Vida - Guerrilha do Bom Humor
16h - Cia de Teatro Andaime - Serpentes que Fumam
17h - Lona Circo Teatro - Pipocando Poesia
17h - Teatro Experimental - Rua 6:20-00
19h - Intervenção Urbana - Perpétua Ilusão
18h - Teatro do Concreto - Destino Provisório (ônibus no estacionamento)
19h - Mariana Baeta - A Saia de Pandora
SEXTA-FEIRA - 23/04
17h - Grupo Virtù - As Moscas
SALA ROBSON GAIA
TERÇA-FEIRA - 20/04
14h às 18h - Oficina de Teatro com Irmãos Guimarães
QUINTA-FEIRA - 22/04
14h às 18h - Oficina de Teatro com G-7 e De quatro é Melhor
SEXTA-FEIRA - 23/04
14h às 18h - Oficina de Teatro com Murilo Grossi

PROGRAMAÇÃO CIRCO
LONA MESTRE ZEZITO
QUARTA-FEIRA - 21/04
10h - Circo Payassú - Xaxará e a Mala Para Sempre
11h - Circo Teatro Artetude - Brincadeiras de Circo
19h - Cia. Carroça de Mamulengos e Núcleo de Circo da Cooperativa Brasiliense de Teatro e
Circo – Ao Mestre com Carinho
QUINTA-FEIRA - 22/04
9h - Colapso - Brincadeiras, Loas e Outras Boas
10h - Circo Boa Vontade - Circo Boa Vontade
13h - Me vê - Yakisoba
15h - Circo Teatro Artetude - Irmãos Saúde GC
SEXTA-FEIRA - 23/04
10h - Circo Teatro Artetude – Os Patralhões
15h - Circo Rebote – Tome sua poltrona
20h - Nossa Produtora - Cabaré Palhacísticas
22h - Circo Teatro Artetude - Cabaré Artetude/Pé de Cerrado
LONA CIRCO DA UNIÃO
SEXTA-FEIRA - 23/04
10h - Circo Payassú - O Circo Xaxará
15h - O Hierofante - Regra do Jogo
18h - Pirilampo - Pra Subir na Vida
20h - Instrumento de Ver/ Júlia Henning e Maíra Moraes - Escape
Roupa de Ensaio - O Boxe
Instrumento de Ver/Júlia Henning e Maíra Moraes - Caixa de Música
Lona Circo Teatro - Show De/PaRa/CoM/oU Mágicas
EXTRUTURA ÁREA - ÁREA EXTERNA
QUARTA-FEIRA - 21/04
10h - Circo Rebote – Columpio
11h - Delírios Arte Performática Circense - Delírios
18h30 - Nós no Bambu - Nós no Bambu
19h - Trupe de Argonautas - O Baile
SEXTA-FEIRA - 23/04
19h - Mirabolantes - Circo Novo
20h - Carina Ninow e Gabriel Gomes
20h30 - Fios de Éter - Duo na Corda
GRAMADO - ÁREA EXTERNA
QUARTA-FEIRA - 21/04
0h - Vários Grupos - Axé do Fogo e Jogando no Picadeiro
9h - Doutoras Música e Riso - Bicicletaça
11h - Roupa de Ensaio - Fumaça, O palhaço Gente Fina
11h - Macakósmicos - Macakósmicos (Parede do Plínio Marcos)
18h - Circo da Boa Vontade - Cortejo Perna de Pau
18h30 - Teatro e Companhia - Rádio Judite
diver. 20 intervenções circenses
10h às 18h - Circo do Zé, Circo Boneco e Riso e Cia. Carroça de Mamulengos -Oficinas de
Circo
SEXTA-FEIRA - 23/04
20h - Leonardo Leal - Coisa de Irmão
20h - Colapso - Madame Dolores
23h - Encerramento - Ciranda com os presentes
TEATRO PLÍNIO MARCOS
QUARTA-FEIRA - 21/04
13h - Instrumento de Ver/ Beatrice Martins - Beatriz
SEXTA-FEIRA - 23/04
10h - Instrumento de Ver/ Júlia Henning e Maíra Moraes - La Revancha del Tango
15h - Instrumento de Ver/Beatrice Martins e Luiz Oliviéri – Contratempo

PROGRAMAÇÃO CINEMA
CINEMA VOADOR
TERÇA-FEIRA - 20/04
20h – Homenagem a Vladimir Carvalho
20h30 - BLOCO 1
Conterrâneos velhos de guerra, de Vladimir Carvalho (Brasil, 1990) Cor / 35mm / 168 min
23h30 - BLOCO 2
Sinistro, de René Sampaio (Brasil, 2000) Cor / 35mm / 17 min
No Eixo da Morte, de Affonzo Brazza (Brasil, 1997) Cor / 35mm / 78 min
QUARTA-FEIRA - 21/04
18h45 - lançamento do BRASÍLIA OUTROS 50 ANOS – 10 cineastas filmam Brasília em
5 minutos
19h – BLOCO 3
Eu sou Cerrado, de Lyonel Lucini (Brasil, 2001) Cor / 35mm / 7 min
A difícil viagem, de Geraldo Moraes (Brasil, 1983) Cor / 35mm / 87 min
21h – BLOCO 4
Mamãe tá na geladeira, de Douro Moura (Brasil, 2005) Cor / 35mm / 18 min
Louco por cinema, de André Luiz de Oliveira (Brasil, 1994) Cor / 35mm / 100 min
23:30h – BLOCO 5
A saga das candangas invisíveis, de Denise Caputo (Brasil, 2008) Cor / 35mm / 15 min
Araguaya, a Conspiração do Silêncio, de Ronaldo Duque (Brasil, 2005) Cor / 35mm / 105
min
QUINTA-FEIRA - 22/04
19h – BLOCO 6
O som, as mãos e o tempo, de Marcos de Souza Mendes (Brasil, 2004) Cor / 35 mm / 42 min
Dom Hélder Câmara – O Santo Rebelde, Érika Bauer (Brasil, 2004) Cor / 35mm / 74 min
21h – BLOCO 7
Depois do escuro, de Dirceu Lustosa (Brasil, 1996) Cor / 35mm / 15min
Para pedir perdão, de Iberê Carvalho (Brasil, 2008) Cor/ 35mm/ 17 min
A Concepção, de José Eduardo Belmonte (Brasil, 2005) Cor / 35 mm / 96 min
23h30 – BLOCO 8
Romance do vaqueiro voador, de Manfredo Caldas (Brasil, 2006) Cor / 35mm / 71 min
Oficina perdiz, de Marcelo Díaz (Brasil, 2006) Cor / 35mm / 20 min
Dona Custódia, de Adriana de Andrade (Brasil, 2007) Cor / 35mm / 13 min
Dia de visita, de André Luis da Cunha (Brasil, 2007) Cor / 35 mm / 25 min
Viva Cassiano!, de Bernardo Bernardes (Brasil, 2004) Cor e P&B / 35mm / 35 min
TENDA DO CINEMA
TERÇA-FEIRA - 20/04
22h - BLOCO 1
Taguatinga em pé de guerra, de Armando Lacerda (Brasil, 1982) Cor / Digital / 18 min
A volta do candango, de Filipe Gontijo e Eric Aben-Athar (Brasil, 2006) Cor / Digital / 6 min
Brasília (Título Provisório), de J. Procópio (Brasil, 2008) Cor / Digital / 15 min
Nada Consta, de Santiago Dellape (Brasil, 2006) Cor / Digital / 8 min –
Seqüestramos Augusto César, de Guilherme Campos (Brasil, 2004) Cor / Digital / 21 min –
23h30min – BLOCO 2
Momento trágico, de Cibele Amaral (Brasil, 2003) Cor / Digital / 15 min –
Feliz Aniversário Urbana, de Betse de Paula (Brasil, 1996) Cor / Digital / 14 min
Entre cores e navalhas, de Catarina Accioly e Iberê Carvalho (Brasil, 2007) Cor / Digital / 14
min
O cego estrangeiro, de Marcius Barbieri (Brasil, 2000) P&B / Digital / 6 min –
QUARTA-FEIRA - 21/04
15h – BLOCO 3
O lobisomen e o coronel, de Élvis Kleber e Ítalo Cajueiro (Brasil, 2002) Cor / Digital / 10 min
Rua das Tulipas, de Alê Camargo (Brasil, 2008) Cor / Digital / 10 min –
Filme Triste, de Denise Moraes (Brasil, 2004) Cor / Digital / 3 min
Retratos e Borboleta, de Yanko Del Pino (Brasil, 1998) Cor e P&B / Digital / 10 min
Brasília feita por nós, de Maria Coeli (Brasil, 1986) Cor / Digital / 16 min –
Brinquedo Popular do Nordeste, de Pedro Jorge de Castro (Brasil, 1977) Cor / Digital / 25
min
17h – BLOCO 4
Brasiliários, de Sérgio Bazi e Zuleica Porto (Brasil, 1986) Cor / Digital / 11 min
O jardineiro do tempo, de Mauro Giuntini (Brasil, 2001) Cor / Digital / 19 min
19h – BLOCO 5
Fala, Brasília, de Nelson Pereira dos Santos (Brasil, 1966) P&B / Digital / 12 min –Cópia
cedida pelo CTAv – Centro Técnico Audiovisual/ SAv/ Minc.
Brasília, contradições de uma cidade nova, de Joaquim Pedro de Andrade (Brasil, 1967) Cor /
Digital / 23 min
Athos, de Sergio Moriconi (Brasil, 1998) Cor / Digital / 19 minutos
Brasília Ano 10, de Geraldo Sobral Rocha (Brasil, 1970) Cor / Digital / 10 min
21h – BLOCO 6
Tangerine Girl, de Liloye Boubli (Brasil, 1998) Cor / Dvd / 18 min
Senta a pua!, de Erik de Castro (Brasil, 2001) Cor / Digital / 105 min
23h30min – BLOCO 7
Roleiros, de Guilherme Bacalhao (Brasil, 2003) Cor / Digital / 16 min
Filme Pirata, de William Alves (Brasil, 2010) Cor / Digital / 55 min
QUINTA-FEIRA - 22/04
15h – BLOCO 8
Dois Candangos, de Armando Bulcão e Tânia Montoro (Brasil, 1997) Cor / Digital / 32 min
UnB: 1ª Experiência em Pré-moldados, Heinz Forthmann (Brasil, 1970) P&B / Digital /
19min
Brasília segundo Alberto Cavalcanti, de Antonio Carlos Fontoura (Brasil, 1982) Cor / Digital
/ 30 min – Cópia cedida pelo CTAv – Centro Técnico Audiovisual/ SAv/ Minc.
Série Os Pioneiros, de Tânia Quaresma (Brasil, 1983) Cor / Digital / 30 min
17h – BLOCO 9
Kiss Kiss Kissinger, de Jimi Figueiredo (Brasil, 1981) Cor / Digital / 18 min
Conversa Paralela, de Pedro Anísio (Brasil, 1979) Cor / Digital / 14 min
A invenção de Brasília, de Renato Barbieri (Brasil, 2001) Cor / Digital / 55 min
19h – BLOCO 10
O chiclete e a rosa, de Dácia Ibiapina (Brasil, 2002) Cor / Digital / 15 min
Bumba “Seu Teodoro” Meu Boi, de Pedro Lacerda (Brasil, 1990) Cor / Digital / 20 min
Maestro Jorge Antunes - Polêmica e modernidade, de Carlos Del Pino (Brasil, 2005) Cor /
Digital / 52 min
21h – BLOCO 11
A noite por testemunha, de Bruno Torres (Brasil, 2009) Cor / Digital / 24 min / 14 anos
A minha maneira de estar sozinho, de Gustavo Galvão (Brasil, 2008) Cor / Digital / 14 min /
16 anos
Sobre quando não se tem nada a dizer, de Cássio Pereira dos Santos (Brasil, 2004) P&B /
Digital / 14 min
Dia de Folga, de André Carvalheira (Brasil, 2006) Cor / Digital / 15 min
Dias de greve, de Adirley Queirós (Brasil, 2009) Cor / Digital / 24 min
23h30 – BLOCO 12
Utropic no umbigo do mundo, de Anna Karina de Carvalho e Luciana Melo (Brasil, 2005) Cor
/ Digital / 15 min
Véi, de Érico Cazarré (Brasil, 2010) Cor / Digital / 48 min
PROGRAMAÇAO MÚSICA
PALCO CÁSSIA ELLER
TERÇA-FEIRA - 20/04
20:00 Check Sound Cai Dentro
21:00 Trio Cai Dentro
21:45 Tiago Tunes & Convidados
22:30 Fernando Cesar E Regional
23:15 Grupo Sai Da Frente
00:00 Parada Fogos
0:15 André Togni Trio
1:00 Genil Castro Trio
1:45 Marlene Lima Quarteto
2:30 Rodrigo Bezerra Trio
3:15 Juninho De Souza Quinteto
4:00 Jam Session Com Oswaldo Amorim Quinteto
Encerra As 4:30
QUARTA-FEIRA - 21/04
7:00 Check Sound Erudito
8:00 Quarteto De Brasília
9:00 Assunto Grave E Beth Ernest Dias
10:00 Pianos - Piano Solo: Alda Mattos E Andre Von Frasunkiewicz
10:30 Pianos - Duo De Piano Chun - Franciss
11:15 Trio Renascença
12:15 Amor Em Pedaços - Denise Tavares E Beatriz Salles - Canto E Piano
13:00 Uruá Trio
14:00 Quinteto Brasília Ensemble
15:00 Odette Ernest Dias E Elza Kazuko
16:15 Marambaia
17:00 Pablo Fagundes Quarteto
17:45 Ted Falcon Quarteto
18:30 Grupo Takto
19:15 Alma Brasileira Trio
20:00 Amoy Ribas Quarteto
20:45 Nilson Lima
21:30 Clodo Ferreira
22:15 Paulo Djorge
23:00 Paula Nunes
23:45 Cezar De Paula
0:30 Satanique Samba Trio
1:15 Toro De Palpites
2:00 Besouro Do Rabo Branco
2:45 Cachorro Das Cachorras
3:30 Hmacoi
Encerra As 4:00
QUINTA-FEIRA - 22/04
Check Sound
8:00 Quinteto Brasília
9:00 Com Domínio Do Sax
10:00 Carnaval Dos Animais Com Intérpretes Do Cerrado
11:00 Quarteto Artesanal
12:00 Trio De Palhetas Da Unb
13:00 Trio Nogueira
14:00 Gavotte Trio
15:00 Trio Tocatta
16:00 Quarteto Capital
17:00 Trio Sonare
18:15 Muriel Tab, Tabosa E Tico De Moraes: Entre Amigos
19:00 Engels
19:45 Tuka Villa Lobos
20:30 Victor Z
21:15 Assis Medeiros
22:00 Alex Souza
22:45 Jenipapo
23:30 Natie
0:00 Paraibola
Encerra As 1:30
PALCO DIVERSIDADES
TERÇA-FEIRA - 20/04
18:00 Check Sound Gog
22:00 Marakamundi
22:45 Georgia W. Alô
23:30 Ellen Oléria + Sandra De Sá
00:00 Parada Fogos
0:30 Carmen Manfredini
1:15 Marabeau, Affinity Jazz Trio E Bruno Medina
2:00 Gog + Alexandre (Natiruts+ Fernando Aniteli
Encerra As 4:00
7:00 Orquestra Filarmonica
Encerra As 08:00
QUARTA-FEIRA - 21/04
13:00 Check Moveis Colonias
15:30 Abertura - Sarau Radicais Livres
16:00 Mandrágora
16:45 Toninho Maia
17:30 Liga Tripa
18:15 Friends
19:00 Intervalo - Radicais Livres
20:00 Fernando Corbal
20:45 Rênio Quintas Trio
21:30 Célia Porto
22:15 Cacai Nunes
23:00 Sthel Nogueira E Paulinho Pedra Azul
0:00 Reco Do Badolim
0:45 Bossa Funk, Thais Uessugui E Rogério Midlej
2:00 Super Stereo Surf
2:45 Móveis Coloniais De Acaju
Encerra As 2:30
QUINTA-FEIRA - 22/04
Check Sound
16:00 Batukengê
16:45 Jaime Ernest Dias & Convidados
17:30 Oswaldo Amorim & Paulo André Tavares + Convidados
18:15 Leonel Laterza E Banda
18:45 Galinha Caipira Completa
19:30 Dudu Maia
20:15 Surdodum
21:00 Lotus Negro
21:45 Gilbertos Come Bacon
22:30 Kiko & Joe
23:15 Beirão
0:00 Pé De Cerrado
1:15 Teófilo Lima
Encerra As 1:45
PALCO ATITUDE
TERÇA-FEIRA - 20/04
18:00 Check Sound Celso Salim
22:00 Misty Mountain
22:45 Elffus
23:30 Khalice
00:00 Parada Fogos
0:15 Rafael Cury
1:00 Celso Salim + Sérgio Duarte
1:45 Brazilian Blues Band + Nuno Mindélis
2:30 Terno Elétrico
3:15 Ligação Direta
4:00 Loro Jones
4:45 Coyote
5:30 Rota 040
Encerra As 6:00
QUARTA-FEIRA - 21/04
13:00 Check Sound Frejat
15:30 Abertura - Sarau Radicais Livres
16:00 Eletrodomestics
16:45 Brown-Ha
17:30 Valdez
18:15 Lucy & The Popsonics
19:00 Intervalo - Radicais Livres
20:00 Amanita
20:45 10zer04
21:30 Trampa
22:15 Etno
23:00 Rocan + Tihuana + Maskavo + Orappa
0:00 Dillo E A Gang
0:45 Frejat
2:00 Diboresti
2:45 Totem
Encerra As 3:15
QUINTA-FEIRA - 22/04
Check Sound Jah Live
16:00 Terror Revolucionário
16:45 Oscabeloduro
17:30 Galinha Preta
18:15 Dfc
19:00 Detrito Federal
19:45 Macakongs 2099
20:30 Levitas
21:15 Tijolada Reggae
22:00 Rondineli Saraiva
22:45 Brasucas + Marcelo Yuka
23:30 Zactar + Marcelo Yuka
0:15 Rupestre
1:00 Reggae A Semente
1:45 Jah Live
Encerra As 3:00
PALCO SAMBA
TERÇA-FEIRA - 20/04
18:00 Check Sound Celso Salim
22:00 Grupo Luz Do Samba
23:45 Grupo Real Samba
00:00 Parada Fogos
1:15 Kaoka
2:30 Grupo Som Popular
3:45 Grupo Da Cor Do Samba
Encerra As 5:15
QUARTA-FEIRA - 21/04
13:00 Check Sound
15:30 Abertura - Sarau Radicais Livres
16:00 Amigueto
17:45 Caca Pereira
19:00 Intervalo - Radicais Livres
20:00 Grupo Karamba
21:15 Grupo Sem Kao
22:30 Kriss Maciel E Banda
23:45 Grupo Os Criolos
1:00 Grupo Talismã
Encerra As 2:000
QUINTA-FEIRA - 22/04
Check Sound
16:00 Grupo Simples Toque
17:15 Anderson O Bebezao Do Samba
18:15 Grupo Bem Bolado
19:45 Grupo Samba Quere
21:00 Grupo Sem Distincao
22:15 Sam Brasilia
23:30 Grupo Brasil Capital Samba Show
0:45 Bola Preta De Sobradinho
Encerra As 2:00
TENDA DJ`S
TERÇA-FEIRA - 20/04
00:00 Parada Fogos
0:00 Gérson De Veras
1:00 Valmar
2:00 Marta Crioula
3:00 The Random
4:30 Lucio K + Totonho
6:00 Gardenel
7:00 Dj Daluz
QUARTA-FEIRA - 21/04
8:00 Dj Tudo
9:00 Marcondes Vieira & Siri
10:00 Nagô
11:00 Márcio Costa
12:00 Paula Zimbres
13:00 Vigilante
14:00 Tuy
15:00 Sartório
16:00 She-Ha & Xena
17:00 Nonato Dente De Ouro & Esquadrão De Ébano
18:00 Megaton Dub
19:00 Higor
20:00 Hermeto
21:00 Maze One
22:00 Barata
23:00 Chicco Aquino
0:00 Drezin
1:00 Gustavo Fk - Live !!!
2:00 Raul Mendes
3:00 Garu
4:00 Felipe Alonso
5:00 "Ch5 Jair Santiago ( Guitarra )
6:00 Dreads Control
7:00 Lógica
Continua
QUINTA-FEIRA - 22/04
8:00 Ekanta
9:00 Carlos Baleiro
11:00 Cae
12:00 Pezão
13:00 Oops/ Black
14:00 Nada & Emídio
15:00 Candian
16:00 Telma & Selma
17:00 Barki
18:00 Batidão Sonoro
19:00 Ragga Demente
20:00 Patife
21:30 Sotaques (Electronic Brasil Roots)
23:00 Sistema Criolina
0:30 Nankassa & Santhiago
1:30 Djembê Elétrico
2:00 Rud & Nacanoa
3:00 Presi
4:00 Vodka Blush
Encerra As 5:00
PALCO HIP HOP
QUARTA-FEIRA - 21/04
14:00 Oficina De Capacitacao Com O Ministerio Da Cultura - Premio Hip Hip
16:00 Dj Elyvio
16:30 Retrato Falado
17:00 Atitude Positiva
17:30 Maverick
18:00 Comunicacao Racial
18:30 Dj Ocimar
18:45 Bsb Girls
19:00 Homenagens
19:15 Atitude Feminina
19:45 Voz Sem Medo
20:15 Código Penal
20:45 Tropa De Elite
21:15 Dj Tdz
21:30 Df Zulu Breakers
21:45 Bela Donna
22:15 3umsó
22:45 Tribo Da Periferia
23:15 Vadios Lokos
23:45 Pacificadores
0:15 Dj Junior Killa
0:45 Provérbio X
1:15 Dino Black
1:45 Dj Donna
2:15 Suburbanos
2:45 Arsenal Do Gueto
3:15 Def Mcs
3:45 Dj Japa Girl
Encerra As 4:15
QUINTA-FEIRA - 22/04
14:00 Oficina De Capacitacao Com O Ministerio Da Cultura - Premio Hip Hip
16:00 Dj Nino
16:30 Ideologia E Tal
17:00 Tribo Do Gueto
17:30 Flora Matos
18:00 Rapadura
18:30 Dj Brother
19:00 Hadda
19:30 Gog
20:00 Vera Veronika
20:30 Diga How
21:00 Nego Dé
21:30 Ataque Beliz
22:00 Dj Dog Daia
22:15 Black Spin
22:30 Guindart 121
23:00 Liberdade Condicional
23:30 Jamaika E Rei
0:00 Dj Celsão
0:30 T.R.O.P.A
1:00 Marcao Aborigene
1:30 Dj Batma
2:00 Minas Do Gueto
2:30 Predica Febril
3:00 Livia Cruz
3:30 Chokolaty
Encerra As 4:00
PROGRAMAÇÃO CULTURA
DIGITAL
ESPAÇO CULTURA DIGITAL OUTROS 50
QUARTA-FEIRA - 21/04
OFICINAS
9hAS 19:00h Rádio Livre-Amnésia (faça o seu programa)
09h as 10:30 - Introdução em Linux
10:30h às 12h - Oficina de blog
13:30h às 14:30h - Introdução em Linux
14:30h às 16h - Oficina de blog
16h - Planejamento e execução e prestação de conta/SICONV
Oficineiros: Thiago e Bruno
Local: Bancada do Telecentro
22h às 3h - "Construindo uma nova comunicação pelo poder popular"
Atividades do ERECOM
QUINTA-FEIRA - 22/04
RODA DE PROSA
16h – 18h30 - Cultura Digital: Outros 50 Anos
Prosadores
Embaixatriz Sra.Ana Amorim - CERIN – Coordenadora Estrategica de Relações Institucionais
do SERPRO
Sr. Fred Maia - Assessor Especial do Ministro -MinC
Sr. Marcos Mazzoni - Diretor Presidente SERPRO
Sr. Heliomar Medeiros - Diretor de Inclusão Digita GESAC – MC
Sr. Antônio Albuquerque - consultor em cultura digital do SPC/MinC
Sr. José Murilo Carvalho -Coordenador Nacional Cultura Digital – SPC/MinC
Sr. Deivi Kuhn - Coordenado Estratégico de Software Livre do SEERPRO
Jornalista Sra. Jacira Silva – Movimento Negro Unificado DF
Sr. José Soter – Rede ABRAÇO
Sr.Antonio da Silva ( Kabelinho)- Coordenador Nacional de Inclusão Digital do
SERPRO
Sr.Luis Cláudio Mesquita - Coordenador Nacional de Inclusão Digital do SERPRO
Mediador:Chico Simões – Instituto Mamulengo Presepada – Invenção Brasileira
SEXTA-FEIRA - 23/04
ERECOM
10h30m às 17h30m - "Construindo uma nova comunicação pelo poder popular"
Encontro Regional dos Estudantes de Comunicação Social -CO
ARTES VISUAIS
GALERIA FAYGA OSTROWER DA FUNARTE / MINC
TERÇA-FEIRA - 20/04
20h – Abertura
Uma reunião dos artistas pintores de Brasília para celebrar os 50 anos da cidade fora do
circuito oficial e dentro do evento Brasília, Outros 50.
Artistas da mostra:
Elder Rocha . Ralp Gehre . Luiz Gallina . Helena Lopes . Elyezer Szturm . Galeno . Arlindo de
Castro . José Ivacy . Glênio Lima . Wagner Hermuche . Gersion de Castro . Rômulo Andrade .
Dulce Schunk . Gladistone Menezes . Fernando Madeira . Nelson Maravalhas . Glênio
Bianchetti . André Santangelo . Evandro Sales . Girafa . Sônia Paiva . Nina Coimbra . Raquel
Nava . Marta Mencarine . Renato Rios . Josafa Neves . Clarissa Gonçalves . Andrey Hermuche .
Fabio Baroli . Camila Soato . Moisés Crizelaro . Eduardo Cabral
Homenagem especial a Cândida Xavier da Costa

UE: depois dos governos ajudarem os bancos, agora esses querem mais

Crise da Dívida na Europa

Depois da União Européia ajudar os bancos falidos com trilhões de dólares, agora os rentistas querem mais, às custas dos trabalhadores e aposentados


fonte: Boletim do movimento do Auditoria Cidadã da Dívida, número 20


Recentemente, em 2008, os países da União Européia promoveram um pacote de salvamento de mais de 2 trilhões de dólares ao sistema financeiro, sendo que Portugal prestou sua ajuda mediante a criação de um fundo de até US$ 27 bilhões. Já a Espanha criou linhas de financiamento de até US$ 135 bilhões, o que incluiu a compra de ações dos bancos falidos.

Depois de mobilizar essas imensas somas de dinheiro para salvar rentistas e instituições financeiras que ultrapassaram limites da responsabilidade ao emitir derivativos sem lastro, países da Europa se encontram, agora em 2010, em profunda crise da dívida. Esta nova crise foi, uma vez mais, provocada pelos especuladores, por meio dos chamados “swaps de defaults de crédito”, que rendem altos ganhos aos que apostam na quebra de países como a Grécia. O resultado é o forte aumento das taxas de juros exigidas pelos emprestadores, aprofundando a crise.

A especulação em torno do risco de o país não conseguir honrar seus compromissos da dívida faz com que os investidores cobrem taxas bem mais altas para emprestar àquele país. São as famosas “profecias auto-realizáveis” do mercado financeiro, visto que, com taxas altíssimas, dificilmente os países poderão pagar suas dívidas.
Porém, ao invés de questionar a estrutura do mercado financeiro mundial, os governos europeus preferem cortar os gastos sociais, prejudicando o conjunto da sociedade e principalmente os trabalhadores.

Os países mais ricos da Europa (França e Alemanha) já levantaram a hipótese de criar o "Fundo Monetário Europeu", ou "FME", como uma forma de enfrentar a crise da dívida naquele continente. Segundo o Ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, "Nós não estamos planejando uma instituição concorrente com o FMI, mas precisamos de uma instituição para o equilíbrio interno da zona do euro, que teria à sua disposição tanto a experiência do FMI como mecanismos de intervenção similares".

Em suma: os países mais ricos da Europa querem criar uma forma de influir nas economias dos demais países da União Européia para, em troca de empréstimos, lhes impor mais políticas neoliberais, como cortes de gastos sociais e reformas que tiram direitos dos trabalhadores.

Segundo recente reportagem do jornal Valor Econômico, “O juro já é uma despesa enorme no orçamento grego e deve chegar a € 13 bilhões este ano. É mais do que o governo vai gastar com educação, judiciário e polícia juntos.”

Interessante observar que a despesa anual com juros na Grécia equivale a 20 vezes o valor que será obtido com o corte compulsório de 10% no 13º salário dos servidores públicos.

Esta generosidade ao mercado financeiro também é observada em Portugal, onde foi anunciado um congelamento salarial do setor público, cortes de gastos sociais e aumentos de impostos. Além do mais, privatizações de 6 bilhões de euros estão sendo cogitadas, tudo isto por pressão da União Européia.

Na Europa, os investidores pressionam os governos a promoverem cortes de gastos sociais e privatizações, para permitir o pagamento da dívida. Investidores estimam que os países membros da União Européia detenham empresas estatais no valor de 300 bilhões de euros, que possam ser vendidas para fazer caixa e pagar a dívida, ou seja, mais privatizações!

Na semana passada, a agência Fitch rebaixou a classificação da dívida de Portugal, alegando que aumentou o risco deste país não pagar sua dívida. Como resultado, o governo português logo anunciou seu “firme compromisso” de reduzir os gastos sociais e pediu ao Parlamento apoio para “tranquilizar os mercados”.
Cabe ressaltar, neste tema, que esta é a função das agências de risco: pressionar os governos a cortarem gastos sociais para pagar a dívida e satisfazer os investidores. Por outro lado, quando os grandes bancos internacionais vão à falência, imediatamente os governos mundiais – inclusive a União Européia, da qual fazem parte Portugal, Espanha e Grécia – promovem grandes pacotes de salvamento, às custas do povo.

domingo, 18 de abril de 2010

Como funciona o Orçamento Público no Brasil?

O que é o Orçamento?

O Orçamento Geral da União (OGU) é formado pelo Orçamento Fiscal, da Seguridade e pelo Orçamento de Investimentos das Empresas Estatais Federais. É nele que o cidadão identifica a destinação dos recursos recolhidos sob a forma de impostos, taxas e contribuições. Nenhuma despesa pública pode ser realizada sem estar fixada no Orçamento. O OGU autoriza e as verbas são liberadas de acordo com a receita.

sábado, 17 de abril de 2010

Revista Veja manipula a tragédia das chuvas em favor de seus interesses

Mais uma da Grande Mídia...

Revista Veja, que vem sendo nos últimos anos se comportando como veículo do que há de mais retrográdo e oportunista da  grande mídia, manipula a tragédia das chuvas em favor de seus interesses econômicos, dando dois pesos e duas medidas a tragédia das chuvas.  Quando o governo é "amigo" é culpa da natureza, quando não é, "pau nele".

Passada as tragédia das chuvas no Rio de Janeiro, quando a Grande Mídia "descobriu" enfim que a tragédia no estado poderia ser evitada se não houvesse tido omissão dos governantes burgueses. Mas no passado, mesmo recente, essa grande mídia se comportou de maneira diferente para casos semelhantes, ou pior, tem dois pesos e duas medidas sobre esse tipo de incidente, quando a autoridade é "amiga", isto é, quando interessa aos donos do jornal, revista, TV ou rádio por questões políticas e comerciais.

O caso ilustrativo são duas capas da revista Veja, com dois meses de diferença. A tragédia das chuvas de janeiro que se abateu sobre o estado de São Paulo obteve um tratamento distinto ao recente do estado do Rio de Janeiro.

Para a Veja em SP as enchentes, inundações, deslizamentos, caos, prejuízos e mortes foram resultados de uma "correlação" atípica de fatores naturais.

Já dois meses depois, no RJ, a revista afirma que culpar as chuvas é "demagogia" e que a tragédia seria resultado de uma "política criminosa". Isto mesmo, dois pesos e duas medidas para o mesmo tipo de questão,uma mesma questão mas apenas em dois lugares diferentes, governados por governos diferentes, que embora tenham a mesma criminosa responsabilidade pela infeliz consequências de chuvas sobre suas populações, mantêm relações econômicas diferentes com os donos da revista.


É bom lembrar que o Governo de SP, do agora pré-candidato  a presidente da república, José Serra, cujo partido, o PSDB, está a duas décadas a frente, mantém boas relações com a revista, a ponto de adquirir exemplares sem licitação e de anunciar ostensivamente na mesma.

Quanto ao governo fluminense, o governador do estado e o prefeito do Rio, do PMDB são aliados políticos de Lula, adversário político do governador de São Paulo, e que gastou as verbas de publicidade do governo federal de maneira tática por veículos regionais, menores e de outras mídias, obviamente concorrentes diretos do grupo Abril, editora dona da Veja.

Além de detonar Sérgio Cabral e Eduardo Paes, que realmente têm responsabilidade (como por sua vez, também o prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira), a Veja tenta vincular a tragédia à questão por ela chamada da "política criminosa de dar barracos em troca de votos".

Com tal retórica, essa revista procura iludir seus leitores com a velha tese e discurso "lacerdista" (Carlos Lacerda) que demoniza as favelas e toda ação urbanística e habitacional sobre elas, imputando aos moradores das ocupações irregulares pela tragédia. É o discurso, que as favelas devem ser removidas. Como se a vítima fosse culpado. E que toda política pública sobre uma favela fosse "conivência" com a ocupação irregular ou oportunismo eleitoral.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Movimentos sociais de Niterói divulgam nota conjunta sobre tragédia das chuvas

Nós, moradores de favelas de Niterói, fomos duramente atingidos por uma tragédia de grandes dimensões. Essa tragédia, mais do que resultado das chuvas, foi causada pela omissão do poder público. A prefeitura de Niterói investe em obras milionárias para enfeitar a cidade e não faz as obras de infra-estrutura que poderiam salvar vidas. As comunidades de Niterói estão abandonadas à sua própria sorte.

Enquanto isso, com a conivência do poder público, a especulação imobiliária depreda o meio ambiente, ocupa o solo urbano de modo desordenado e submete toda a população à sua ganância.

Quando ainda escavamos a terra com nossas mãos para retirarmos os corpos das dezenas de mortos nos deslizamentos, ouvimos o prefeito Jorge Roberto Silveira, o secretário de obras Mocarzel, o governador Sérgio Cabral e o presidente Lula colocarem em nossas costas a culpa pela tragédia. Estamos indignados, revoltados e recusamos essa culpa. Nossa dor está sendo usada para legitimar os projetos de remoção e retirar o nosso direito à cidade.

Nós, favelados, somos parte da cidade e a construímos com nossas mãos e nosso suor. Não podemos ser culpados por sofrermos com décadas de abandono, por sermos vítimas da brutal desigualdade social brasileira e de um modelo urbano excludente. Os que nos culpam, justamente no momento em que mais precisamos de apoio e solidariedade, jamais souberam o que é perder sua casa, seus pertences, sua vida e sua história em situações como a que vivemos agora.

Nossa indignação é ainda maior que nossa tristeza e, em respeito à nossa dor, exigimos o retratamento imediato das autoridades públicas.

Ao invés de declarações que culpam a chuva ou os mortos, queremos o compromisso com políticas públicas que nos respeitem como cidadãos e seres humanos.



Comitê de Mobilização e Solidariedade das Favelas de Niterói

Associação de Moradores do Morro do Estado

Associação de Moradores do Morro da Chácara

SINDSPREV/RJ

SEPE - Niterói

SINTUFF

DCE-UFF

Mandato do vereador Renatinho (PSOL)

Mandato do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL)

Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (APAFUNK)

Movimento Direito pra Quem

Coletivo do Curso de Formação de Agentes Culturais Populares

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Governo quer congelar salários dos servidores mas vilão das contas é a dívida

Se não bastasse o autismo orçamentário que apetece os governos brasileiros em todos os níveis. Agora tramita no Congresso um projeto de lei apoiada pela base de apoio do governo Lula que propor congelar o salário dos servidores federais por dez anos. Contudo, o vilão das contas da União não são os servidores, como tanto a Mídia e o Governo propagam, e sim a dívida pública, o seu pagamento e juros altos.

Mas esse não é um fenômeno do atual Governo, a irresponsabilidade com as necessidades básicas do povo trabalhador e pobre e o comprometimento com os banqueiros. Ao longos dos anos o crescimento das despesas com pagamento de juros e da dívida são sempre maiores (exponecialmente maiores) do que a evolução com salários dos servidores e gastos com saúde, educação, etc. Tudo com a conveniência da grande mídia.

Porém, os movimentos sociais e a mídia alternativa sempre estiveram aí para denunciar tais absurdos. Veja matéria a seguir do boletim de março do movimento "Auditoria Cidadã da Dívida":

                                                                         ***

Mais uma vez, o governo aponta os servidores públicos como vilões do orçamento. Porém, o verdadeiro rombo das contas públicas é a dívida!

O Senado Federal aprovou o PLS 611, numerado como PLP 549/2009 na Câmara dos Deputados, com proposta de limitação dos gastos com pessoal e outros gastos sociais da União, mediante alteração de dispositivo da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF.

Por outro lado, a mesma LRF, em seu artigo 30, incisos I e II, indica que caberia ao Congresso Nacional e ao Senado Federal estabelecer os limites para a dívida mobiliária e consolidada da União, o que até hoje não foi feito.

Os gastos com endividamento têm crescido de forma exponencial, como demonstrado no gráfico a seguir, superando excessivamente os gastos com Educação, Saúde, Previdência, Assistência Social, e principalmente com Pessoal. No ano de 2009, os gastos com endividamento da União consumiram 36% dos recursos orçamentários, sem considerar a parcela da dívida que foi “rolada”. Caso considerada a rolagem, os gastos com a dívida corresponderiam a 48% de todos os gastos da União.

Gráfico 1 - Orçamento Geral da União – Gastos selecionados – R$ milhões
(COMPUTANDO O GASTO COM JUROS E AMORTIZAÇÕES DA DÍVIDA PÚBLICA)
Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional - SIAFI. Não inclui a rolagem, ou “refinanciamento” da dívida.

Portanto, enquanto aos trabalhadores é aplicada política de arrocho salarial, a dívida pública tem atualização monetária garantida por lei, e os gastos efetivos com juros não têm sido divulgados de forma transparente, tendo em vista que o valor dos “Juros e Encargos da Dívida” constante do Orçamento da União Executado computa tão somente a parcela dos juros que supera a inflação (denominados “juros reais”).

Ou seja, os dados são divulgados segundo metodologias distintas: enquanto gastos com pessoal e demais áreas sociais computam os valores nominais correntes efetivamente pagos (embutidos os eventuais reajustes salariais e de benefícios ao longo dos anos, decorrentes da inflação), os gastos com juros da dívida pública são descontados do IGP-M calculado sobre o estoque da dívida

Cabe esclarecer que para comparar os gastos, devem ser consideradas sempre tanto os valores dos juros como das amortizações informados no Orçamento da União Executado, pois a rubrica “amortizações” engloba a parcela do rendimento dos títulos da dívida (parte dos juros nominais) correspondente à atualização monetária.

Fonte: Boletim da “Auditoria Cidadã da Dívida” – número20 – 30 de março de 2010

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Chuvas no RJ: Tragédia? Não para o capital...

Tragédia? Não para o capital ...

por Marcelo Badaró, 08/04/2010


“Sou o monstro criado por ti
No lixão do Jaracati
Foi ali que vi minha mãe
Garimpando um rango pra mim
Foi ali que eu vi os irmãos
Todos negros com calos nas mãos
Atração pro boy que filmava
Da sacada de sua mansão
Foi ali que eu vi o contraste
Duas cidades em uma cidade
Foi ali que eu vi que nós éramos
Patrimônio da desigualdade”

O Imortal
Gíria Vermelha

Moro entre Niterói e Santa Teresa e escrevo quando muitos de meus vizinhos nos dois locais não têm mais onde morar, depois de três dias de chuvas que castigam o Grande Rio. Muitos outros não sobreviveram. Somente no Morro do Bumba, em Niterói, a estimativa é de que 200 pessoas possam ter morrido soterradas.

Estimativas, não dados precisos, porque aquelas pessoas que moravam na encosta de um antigo aterro sanitário são realmente tratadas pelo Estado como resíduos urbanos. Não há cadastramento da área para precisar o número de casas e pessoas atingidas. Mas o prefeito da cidade, o Sr. Jorge Roberto da Silveira (PDT), afirmou na véspera desse desabamento, quando o número de vítimas em Niterói já ultrapassava 60 pessoas, que o número de casas em áreas de risco na cidade era muito pequeno para justificar obras de contenção de encostas muito caras, sendo mais barato remover os moradores dessas áreas. Nada a estranhar, partindo de um prefeito que tomou como prioridade asfaltar as ruas da Zona Sul (sem as devidas obras de drenagem) e construir torres panorâmicas, mas que destinou no Orçamento Municipal de 2010 apenas 50 mil reais para Obras de redução de risco a desabamentos e escorregamentos de encostas, quando gasta mais de 2 milhões por ano somente com o custeio de um Conselho Consultivo, no qual reduz os riscos de amigos e correligionários com uma polpuda sinecura, conforme denunciou o vereador Renatinho (PSOL).

Para os trabalhadores e trabalhadoras mais pauperizados, que só encontraram aquelas encostas para morar, a solução “mais barata” é a remoção. Nada se diz porém, das ocupações de outras encostas, tão ou mais irregulares e também sujeitas a deslizamentos de terra, como ocorreu na Estrada Fróes, área “nobre” para a especulação imobiliária da cidade, que há poucos anos conquistou concessões da Prefeitura para construir um imenso condomínio de mansões e prédios de luxo em local que deveria ser destinado à preservação ambiental.

Remoção! é, aliás, a palavra de ordem. O governador Sérgio Cabral (PMDB), ao lado do presidente Lula da Silva (PT) e com sua aprovação apressou-se a definir os responsáveis pelas mortes: os moradores das favelas cariocas, que teimam em construir em áreas de risco. Por isso, afirmou a correção de sua proposta de construção de muros “ecológicos” de contenção (complementados, é claro, pelas placas de “isolamento acústico”). Tais instrumentos, passo adiantado para converter favelas e áreas periféricas de guetos, que já são, em campos de concentração, para mais eficiência na ação dos caveirões e UPPs (todos “pacificadores” ), agora são apresentados como solução para o problema das chuvas.

Ao invés de urbanização das favelas, regularização do direito ao solo, construção de moradias decentes e contenção das encostas, a “contenção” das pessoas, pelos muros e armas. E se remoção é a solução, Cabral também anunciou que a Polícia Militar estava a disposição de todos os prefeitos para efetivar essa política.
Eduardo Paes (PMDB), o prefeito do Rio, que coincidentemente era o “prefeitinho” de César Maia na região da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, quando das também trágicas enchentes de 1996, é o que mais rapidamente se apresentou para defender a necessidade das remoções, amplas, gerais e irrestritas, classificando de demagogos os que a elas se opõem. A lista começa pelos moradores do Morro dos Prazeres, em Santa Teresa , castigado pelas chuvas desta semana, mas logo se amplia para todas as favelas que já haviam sido listadas como prioritárias para remoção em função das Olimpíadas, em número muito superior ao de qualquer levantamento de áreas de risco na cidade.

Quanto à prevenção, agora anuncia-se que o governo federal enviará 200 milhões para o estado do Rio de Janeiro. Tarde demais, como sempre, pois até aqui nenhum tostão foi enviado para obras de prevenção de enchentes e contenção de encostas este ano, e descobriu-se agora que o ex-Ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), candidato ao governo baiano, enviou 50% das verbas federais de prevenção de desastres para a Bahia, enquanto Rio recebeu menos de 1%. Mas não se desesperem os que estão sem teto por conta das chuvas, pois o governo federal liberou os saques das contas de FGTS (dinheiro do próprio trabalhador) dos atingidos. FG o que?, perguntam os milhares de trabalhadores precarizados que foram atingidos por esse desastre.

O caso é que hoje, como tudo na sociedade de classes instituída pelo poder do capital, as tragédias não são vistas pelo mesmo ângulo por todos. Para os interesses do capital imobiliário, da construção civil, dos monopólios do transporte e serviços públicos e de seus representantes, eleitos para ocupar os governos através de campanhas que financiam com fartura de recursos, as tragédias, como tudo mais, são um bom negócio. Naomi Klein, no livro A doutrina do Choquedocumentou e analisou como crises econômicas, catástrofes naturais (furacões, terremotos, tsunamis) e guerras, são cada vez mais instrumentalizadas pela lógica do capital, como momentos “excepcionais” , em que grandes comoções criam o clima necessário para a aplicação das doutrinas de choque, com retirada de direitos, privatizações e criminalizações. (ver a esse respeito a entrevista publicada na revista Classe, no. 1, em www.aduff.org.br)

Nada mais apropriado para se entender o Brasil de hoje e, em especial, o Rio de Janeiro. Aqui, na terra dos “choques de ordem”, a tragédia fomentada pelo capital – que transforma o solo urbano em uma de suas principais áreas de investimento e especulação e inviabiliza a moradia e vida digna da maioria da classe trabalhadora – não está sendo pranteada pelos governantes. Dias de luto oficial e lamentos na TV não escondem as comemorações daqueles que nada fizeram para prevenir desastres, porque esperam por eles, para impingir mais “choques” à população. A nós cabe sim a comoção com a tragédia que retira tantas vidas, mas também a indignação, semente da reação, que não pode tardar.

*Marcelo Badaró é professor de História da UFF

Números do Orçamento da União de 2009 e da Dívida

Para mostrar que o autismo orçamentário não vem de agora: os números de 2009 mostrados no boletim de março do Movimento "Auditoria Cidadã da Dívida".Veja como as migalhas para habitação (ridículos 0,01%) , defesa civil e saneamento já o eram não de agora. O descaso do ano passado provavelmente resultou ou contribuiu para as tragédias de agora, 2010. Enquanto que, os banqueiros ganharam mais de 35% do Orçamento de 2009.


Números da Dívida em 2009

Boletim da Auditoria Cidadã da Dívida – número 20 – 30 de março de 2010

Vejam quanto o país pagou de juros no ano passado, quanto a dívida cresceu, e quanto foi destinado às áreas sociais.

Em 2009, os governos federal, estaduais e municipais geraram um superávit primário (isto é, a economia de recursos para o pagamento da dívida, obtida por meio de aumento de arrecadação de tributos e corte de gastos públicos) equivalente a R$ 64,5 bilhões ou 2,06% do PIB (Produto Interno Bruto, ou seja, tudo que o país produziu durante 2009). Porém, este superávit não foi suficiente para pagar sequer os juros da dívida, que atingiram 5,4% do PIB no período.


Além do mais, é importante ressaltar que o superávit primário não é a única fonte de recursos para o pagamento da dívida, que se alimenta também da emissão de novos títulos, da remuneração da Conta Única do Tesouro, do lucro do Banco Central, dentre outras fontes, cabendo ressaltar a destinação de todos os superávits financeiros existentes em quaisquer contas ao final do ano, conforme a questionável Medida Provisória 450, convertida na Lei nº 11.943, de 2009.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Mantega e Meirelles falam à CPI da Dívida no dia 14

Convite do movimento Auditoria Cidadã da Dívida: cabeças da equipe econômica do Governo Lula, o Ministro da Fazenda Guido Mantega e o Presidente do Banco Central Henrique Meirelles, falam à CPI da Dívida.

Amigos da Auditoria Cidadã da Dívida


Convidamos todas as entidades e movimentos sociais para estarem presentes na Audiência Pública da CPI da Dívida, a ser realizada dia 14 de abril de 2010, quarta feira, às 9h, no Plenário 4 do Corredor das Comissões (Anexo II) da Câmara dos Deputados.


A Audiência Pública contará com as presenças do Presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Ministro da Fazenda, Guido Mantega.


Aproveitamos a oportunidade para também convidar todos a acessarem a página da Auditoria Cidadã na internet (www.divida-auditoriacidada.org.br ), que se encontra reformulada e com novas informações. Nesta página, divulgamos o boletim diário “Notícias diárias comentadas sobre a dívida”, que acompanha em tempo real os acontecimentos ligados ao endividamento público.




Atenciosamente,


Coordenação da Auditoria Cidadã da Dívida
http://www.divida-auditoriacidada.org.br/

segunda-feira, 12 de abril de 2010

(Niterói) Motivos da tragédia: maquiagem dos bairros ricos e benefício aos apadrinhados

Mais uma da série "A Mídia enfim descobriu que o descaso da Prefeitura com as classes populares e o autismo administrativo-orçamentário deixou vulnerável Niterói à tragédia das chuvas". A prioridade do prefeito e seu grupo é a maquiagem dos bairros ricos e o benefíciamento dos apadrinhados.

A previsão orçamentária de Niterói em 2010 para o Caminho Niemeyer é de R$ 51 milhões enquanto que, para as obras de contenção, foram reservados apenas R$ 50 mil.

Só para lembrar, o município vizinho, São Gonçalo, com a população que é o dobro, muito mais pobre, e com um orçamento muito menor, teve apenas 16 vítimas fatais até o momento. Enquanto que, Niterói já são 146 vítimas fatais.

Agora até a imprensa local, que durante duas décadas sempre foi generosa com o grupo político à frente da Prefeitura, partiu para publicar matérias mais duras. Precisou a lama em cima dos seus leitores para serem pressionados a expor a verdade.

Eis a matéria:

Dólar forte contribuí para desindustrialização e desnacionalização

Após uma semana dedicada a refletir sobre a tragédia das chuvas no Rio de Janeiro e seu forte impacto especialmente na cidade de Niterói, voltemos ao noticiário econômico.

O dólar forte parece ser estrutural no atual padrão de desenvolvimento brasileiro. Ele é provocado pela maior taxa de juros básicas reais do mundo e pela ausência de controle de capitais. Acaba por favorecer os banqueiros e especuladores internacionais e como também o consumo de luxo, e ao fim e ao cabo, contribuí para desindustrialização e desnacionalização das empresas brasileiras. O resultado é a perda de empregos locais, mas também superlucros para os empresários obtidos tanto com sociedade com as multinacionais como pela venda de suas empresas para elas.


Monitor Mercantil, 08/04/2010

Desindustrialização e deslumbramento

REAL FORTE FINANCIA IMPORTAÇÃO DE CARROS DE LUXO E PROVOCA DÉFICIT EXTERNO

A Takeda Farmacêutica, maior fabricante de medicamentos do Japão, abriu uma pequena subsidiária no Brasil. A intenção é preparar o caminho para aproveitar o mercado interno do país, o quinto maior do mundo.

Todas outras 19 grandes multinacionais da área já operam no Brasil. Já as montadoras e fabricantes de autopeças trabalham com expectativa de déficit na balança comercial do setor acima de US$ 4 bilhões este ano, o que seria o maior da história. No primeiro bimestre, o déficit já alcança US$ 800 milhões, devido, sobretudo, à importação de veículos de luxo.

Em março, a importação de carros registrou recorde mensal de 58,1 mil unidades. O país deverá importar cerca de 600 mil automóveis este ano, 23% a mais que em 2009 e quase sete vezes mais que o volume de cinco anos atrás, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

"Com o dólar a R$ 1,75 não dá", resume o vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina (Abifina), Nelson Brasil.

Ele classifica o câmbio livre como "um absurdo" e tem dúvidas sobre se a Takeda está realmente interessada em operar no país: "Muitas vezes querem colocar ações no mercado e ficam badalando notícias desse tipo. Com o real tão apreciado e câmbio totalmente livre fica impossível qualquer planejamento estratégico. Ninguém pode prever a taxa cambial, para importar ou exportar", critica, comparando as estratégias brasileira e chinesa.

"Na China, o câmbio é controlado pelo governo, existe uma política industrial sábia, que privilegia a fabricação local e estimula o desenvolvimento tecnológico. Aqui, queremos bancar "os bacanas" com coisas insustentáveis, numa economia absolutamente fragilizada. É absurdo o processo de importação crescente, desindustrializando o país e fechando postos de trabalho", finaliza.

domingo, 11 de abril de 2010

Mídia reconhece que Niterói ficou exposta a tragédia devido a sua Prefeitura

De política de obras faraônicas e criação de secretarias cabide de empregos

por Almir Cezar

Niterói, ex-capital do antigo estado do RJ e conhecida nacionalmente como "terceira melhor cidade em  qualidade de vida", ficou exposta a tragédia pela própria irresponsabilidade dos governantes municipais. O caso do deslizamento no Morro do Bumba e caos após a tempestades da semana passada não é um episódio isolado de negligência mas a ponta de iceberg da verdadeira tragédia de Niterói: há na Prefeitura uma verdadeira perversão nas prioridades orçamentárias.O que era sentido pela população do município já a algum tempo - principalmente pela parcela trabalhadora e mais pobre, e denunciado pelos movimentos sociais -, somente agora após a tragédia das chuvas ficou visível para a grande mídia. Faltam recursos para saúde, defesa civil e urbanização de bairros populares, mas sobram gastos com secretarias inúteis e obras de embelezamento e turismo.

A cidade ficou vulnerável a tragédia à medida que as sucessivas gestões do mesmo grupo político à frente da Prefeitura a transformaram em um "paquidérmico" cabide de emprego (para empregar caciques políticos locais e seus apadrinhados em mais de meia centena de secretarias ineficiente e sem necessidade objetiva, enquanto os servidores efetivos amargam baixos salários a anos). A Prefeitura de Niterói ainda espalharam pelos bairros ricos várias "faraônicas" obras de equipamentos culturais voltados ao turismo (o chamado "Caminho Niemeyer"). 

Educação de luto: Leia a nota dos professores de Niterói sobre a tragédia

A seção em Niterói do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro divulgou uma nota de luta pela tragédia na cidade. Lembra que as vítimas e desabrigados não são números mas amigos, parentes ou alunos e seus pais. Lembra também que sempre denunciou a falta de prioridade dos orçamentos federais e municipal de Niterói com saúde, educação, habitação, urbanização e defesa civil, e o desvio dos necessários recursos para as secretarias inúteis, com seus cargos comissionados, e com as obras faraônicas. Por fim, embora esteja de luta, propõe-se a luta, que as perdas de vidas não ficarão impunes.

As mortes de nossas crianças e de seus pais não serão em vão!

Nós, profissionais da Educação de Niterói, ainda estamos contando nossos mortos. Até o momento, são 60 mortos em nossa cidade e 1.110 pessoas estão desabrigadas, e este número não para de crescer. Nossos queridos alunas e alunos, que não tiveram a chance de concluir seus sonhos, como também aqueles que perderam seus pais, avós, tios, irmãos e amigos. Estamos nas escolas acolhendo os desabrigados e ajudando com nossos esforços solidários e humanitários centenas de famílias que perderam suas casas, fruto do trabalho de uma vida inteira. Estamos perplexos com o descaso do poder público com a atual situação. Entretanto, as fortes chuvas dos últimos dois dias foram apenas parte de uma tragédia anunciada.

Nós do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE), desde a aprovação do orçamento da Prefeitura, questionamos suas prioridades. Com a divulgação, por parte do Tesouro Nacional, do Relatório da Execução Orçamentária de Niterói de 2009, o que prevíamos foi consumado como fato. Além do baixíssimo investimento em Saúde e Educação, a Prefeitura de Niterói não investiu como deveria em Saneamento básico e Habitação.

Até outubro de 2009, dos R$866.549.857 do orçamento previsto pela Prefeitura, foi efetivamente gasto R$ 699.833.160, ou seja, 80,76% do total. Em relação às verbas destinadas ao Saneamento Básico Urbano, de apenas R$11.106.720, foram gastos R$5.883.570,00, 44,94% do previsto. Ou seja, a Prefeitura de Niterói gastou efetivamente apenas 0,67% do seu orçamento total previsto em Saneamento básico.

Em relação a Habitação, somando as verbas específicas, e as alocadas na área de Urbanismo, era previsto o gasto de R$2.385.000, mas efetivamente foram gastos apenas R$65.917; 2,76% do previsto.

Enquanto isso, com a Câmara Municipal de Niterói foi previsto um orçamento de R$32.897.000 e gasto efetivamente R$29.076.283, 88,39% do seu total. A Prefeitura de Niterói gastou, até outubro de 2009, 3,4 vezes mais com a Câmara Municipal de Niterói do que com Saneamento Básico em nossa cidade. Somando o aumento de cargos comissionados, Secretarias Regionais, Conselho Consultivo, etc, a dimensão da disparidade entre a prioridade dada aos aliados políticos da Prefeitura, e os investimentos sérios nas áreas em que nossa população realmente precisa, é gigantesca.

Os Profissionais de Educação de Niterói se somam a todos aqueles que estão hoje de luto. Vamos transformar nosso luto em luta. Não admitimos que nossa cidade seja transformada em mercadoria, e seus cidadãos morram por falta de investimento público. Lutaremos pelo direito à vida em plenitude, lado a lado de nossa crianças, jovens, amigos e familiares. Esta tragédia tem culpados, e eles não podem ficar impunes.


Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação - Niterói (SEPE-Niterói)

Tragédia das chuvas do RJ é crime orçamentário

por Almir Cezar

A tragédia causada pelas fortes chuvas no Rio de Janeiro retrata, mais uma vez, que o baixo investimento não só dos governos estadual e municipais, mas também do governo federal, em obras de prevenção a desastres aliado a ausência de políticas de habitação popular são uma combinação trágica. Mais do que isso, investimento é definido em Orçamento, e o Orçamento da União mostra total falta de prioridade em prevenir a tragédia no RJ.O resultado é caos, destruição e morte.

Na esfera federal apenas 12% do montante previsto para o programa de “prevenção e preparação para desastres” foram desembolsados neste ano, até a última semana. Dos R$ 318 milhões autorizados para uso do Ministério da Integração Nacional no programa, R$ 39,4 milhões foram aplicados em 16 estados. O RJ, no entanto, não recebeu nada.

Enquanto isso, a Bahia recebeu 61% dos R$ 39,4 milhões gastos pelo governo federal neste ano para prevenir danos e prejuízos provocados por desastres naturais em todo o país. A Bahia recebeu R$ 24 milhões do programa de “prevenção e preparação para desastres”; maior valor entre todos os estados. Os outros 15 estados do país beneficiados com recursos do programa foram contemplados com R$ 15,4 milhões, o que corresponde a apenas 64% do valor designado para a Bahia, estado onde o ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima é pré-candidato a governador.

sábado, 10 de abril de 2010

(Conlutas) Nota sobre o caos e destruição no RJ

Nota sobre o caos vivido pela população do Rio de Janeiro na noite do dia 05 e no dia 06 de abril

Como no caso do terremoto do Haiti, é mais fácil para as autoridades responsabilizar a natureza ou as vítimas pela tragédia que causou mais de 100 mortes no Rio.

As chuvas que caíram em o todo o estado do Rio trouxeram mortes e destruição, principalmente nos morros e favelas. Em especial a cidade do Rio e sua região metropolitana, que viveram 24 horas de terror. No final do dia 05 de abril, quem queria voltar pra casa ficou preso no trânsito caótico e muitos só conseguiram chegar na manhã do dia seguinte.

O dia 06 de abril amanheceu ainda com muita chuva, o caos continuava e se estendia. O cenário era de destruição. Ruas alagadas, lixo espalhado para todo lado, carros abandonados do dia anterior, vários bairros sem luz e a chuva continuava. Mais congestionamentos em vários pontos da cidade. As autoridades pediram à população que não saísse de casa como se alguém conseguisse fazê-lo diante do caos instalado. Foi quase que um clima de greve geral na cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana.

Ao contrário de assumir as suas responsabilidades pela tragédia, as autoridades se apressaram em responsabilizar a natureza e as vítimas. É verdade que foi uma quantidade de chuva bastante significativa. Mas será que na era da TV digital, da internet sem fio, dos computadores cada vez mais avançados, não é possível prever esse tipo de fenômeno? Claro que é!