quarta-feira, 3 de junho de 2009

Autonomia do BC e crise econômica

por Almir Cezar Filho

A lista de bobagem que saí da boca do presidente do Banco Central do Brasil, o ex-banqueiro do Banco de Boston, é enorme. O pior é que o governo Lula está amarrado a esta figura sinistra. Vivemos uma gangorra no câmbio que leva a especulação e prejuízos às exportações. Aí ele vai a mídia e diz que aumento dos impostos aos "investidores externos" ou controle dos fluxos seria uma bobagem.

No último comunicado da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), reunião dos diretores do BC, presidido pelo presidente da instituição, afirmou que uma redução maior da taxa básica de juros não seria boa pois havia indefinição na economia. Não importa o que o povo na rua diga, ou sinta no bolso.

Há uma autonomia total e plena por parte da diretoria do BC. O Banco Central brasileiro tem não apenas autonomia operacional, mas também autonomia política, embora ainda não goze de autonomia formal. É ele que define seus fins. Tomou essa configuração através do decreto de Fernando Henrique que instituiu o modelo de metas. É ele que propõe ao Conselho Monetário a meta de inflação.

Acontece que o Conselho Monetário é o próprio presidente do Banco Central, mais os ministros da Fazenda e do Planejamento. Obviamente, este últimos fazem o que o BC propõe. Além do mais, segundo o decreto de Fernando Henrique, o único fim do Banco Central é controlar a inflação.

Para isso, pode derrubar a economia à vontade. O que temos é um "bolsa banqueiro", versão para os endinheirados do bolsa-família. Sendo o órgão distribuidor o BC. Não importa se para isso empregos se percam, dívida pública exploda e os devedor torna-se inadimplente.

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