segunda-feira, 20 de abril de 2009

Tecnocratas do BC subestimam crise e insistem em manter engessado os juros

BC não consegue ver os sinais da deflação no país
16/04/2009 - 21:04
http://www.monitormercantil.com.br/mostranoticia.php?id=60357

Nova York - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Mário Mesquita, reconheceu o "risco de deflação nas economias maduras". Mas alegou que, na América Latina, com exceção do Chile, "ainda estamos falando em desinflação, o que é uma situação diferente".

No Brasil, continuou, "o número para março (do IPCA) ficou em 5,61% no acumulado em 12 meses, isto é, bem longe de zero". A afirmação foi feita em palestra a empresários e investidores organizada pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, em Nova York.

As afirmações do tecnocrata do BC ajudam a ilustrar a dificuldade da autoridade monetária brasileira sintonizar-se com o movimento mundial de redução acentuada dos juros.

No Brasil, depois manter a taxa básica de juros (Selic) engessada, mesmo com o estouro da crise, no fim de 2008, o BC voltou a reduzir a Selic, mas em ritmo excessivamente tímido diante da ameaça de recessão que ronda o país.

O discurso de Mesquita reafirma que o BC parece subestimar os riscos da crise e não estar preparado para reduções efetivas dos juros.

Para ele, esse risco parece ronda apenas o restante do mundo, que, segundo Mesquita, deve registrar o "primeiro declínio do PIB global desde a Grande Depressão".

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