quinta-feira, 30 de abril de 2009

O Brasil empresta dinheiro para o FMI: motivos de vergonha

O Brasil empresta dinheiro para o FMI. Durante décadas nosso país foi devedor desse organismo multilateral. O que poderia parecer motivo de orgunho, na verdade é motivo de vergonha, um ataque ao povo trabalhador brasileiro.

Motivos para termos vergonha da medida:

1o- o dinheiro emprestado poderia ser usado para gerar empregos.

2o- o FMI é uma instituição politicamente falida

3o- o papel que o Brasil passa desempenhar no sistema mundial é daquele que imporá as política econômicas

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Mostra de Cinema Negro Brasil África América Latina

Mostra de Cinema Negro Brasil África América Latina

"A Perspectiva da NEP", artigo de Preobrajenski

Um artigo clássico de Evgueni Preobrajenski é A Perspectiva da NEP, de 1922, onde analisa a adoção da Nova Política Econômica pela URSS.

O texto, utilizando do método da crítica da economia política, é de forte crítica à NEP, e curiosamente antecipa vários problemas que essa política econômica defendida pela linha oficial do Partido Comunista trouxe à trajetória de desenvolvimento da economia socialista soviética.

Para ler o artigo (em espanhol) acesse aqui.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Blog Processo Industrial - "O que é o Pré-sal?"

direto do blog Processo Industrial

A Petrobras deu início à produção do primeiro óleo da camada pré-sal na Bacia de Campos, litoral sul do Espírito Santo.

Mas o que é o Pré-sal e quais são as expectativas em torno dele?

Para ler a matéria toda clique aqui

"A utilidade do estudo teórico da economia soviética", artigo de Preobrajenski

O economista soviético Evgueni Preobrajenski é uma referência no estudo marxista da economia política e na visão marxista sobre o processo de desenvolvimento econômico.

Mas também Preobrajenski é um dos maiores estudioso sobre a URSS, sendo um dos contemporâneos (e um dos sujeitos ativos) dos processos sociais, econômicos e políticos que essa sociedade viveu na década de 1920. Para ele, a URSS era um laboratório para todo marxista, não apenas sobre a transição ao socialismo mas para investigar sob a perspectiva da crítica da economia política o fenômeno do desenvolvimento capitalista.

Assim Preobrajenski escreveu o artigo '''A utilidade do estudo teórico da economia soviético''', que muito bem expõe essa perspectiva.

Para ler o artigo (infelizmente em espanhol) clique aqui.

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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Preobrajenski, segundo Richard B. Day

Um dos autores no Ocidente que se dedica a estudar o pensamento de Evgueni Preobrajenski e o economista canadense Richard B. Day.
Day escreveu ao longo das últimas 4 décadas vários artigos sobre ou se utilizando do pensamento de Preobrajenski. Inclusive Day traduziu livros e se dedica atualmente a organizar a "obras completas" de Preobrajenski em inglês.

Day traduziu um dos melhores livros de Preobrajenski, O Declínio do Capitalismo, de 1931. Para a Introdução da edição em inglês de 1982 do livro Day produziu um texto que resume e apresenta o pensamento de Preobrajenski sobre teoria marxista da crise.

O livro é uma reação a visão stalinista e luxemburguista sobre o tema que dominava o marxismo da época. A ideia de Preobrajenski era que com esse livro inserir na análise marxista da acumulação de capital a perspectiva dos ciclos econômicos nos modelos de esquemas de reprodução ampliada que Karl Marx desenvolveu no livro 2 de O Capital. Com isso tenta explicar o fenômeno das crises capitalistas e o caráter crônico e crescimente maior dessas à medida que o capitalismo se desenvolve o caráter imperialista e monopolista. O livro é de 1931 e é contemporâneo do começo da Grande Depressão da década de 1930.

Clique aqui para ler o texto (infelizmente está em inglês).

domingo, 26 de abril de 2009

Preobrajenski, segundo Donald A. Filtzer

Um dos economistas que me impressionam com sua profundidade e atualidade é Evgueni Preobrajenski. Sua obra merece ser revista hoje.

Poucos, mas importantes economistas do Ocidente estudaram suas obras. Um dele foi Donald A. Filtzer. Ele foi o organizador de uma coletânea de artigos de Preobrajenski "The Crisis of Soviet Industrialization - select essays". A introdução do livro é uma dos mais abrangentes e explicativos textos pensamento de Preobrajenki. Infelizmente está em inglês.

Clique aqui para ler essa Introdução.

sábado, 25 de abril de 2009

Filme de Ken Loach

Prezados camaradas,

este é parte de um filme em que o Diretor Ken Loach convida diretores de diversas partes do mundo para mostrarem o que representava para eles o 11 de setembro, e essa que veremos coube ao próprio Ken Loach fazer, o nome do filme é 11th September.


Até mais,

http://www.youtube.com/watch?v=Iie9cLsLH1g


sexta-feira, 24 de abril de 2009

A truculência de Gilmar

Texto que extraí do Blog do Luís Nassif sobre o confronto entre os ministros do STF Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa.

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/04/23/a-truculencia-de-gilmar/#more-30179

23/04/2009 - 10:45

A truculência de Gilmar

Por Professor
Prezado Nassif:

Ontem de manhã li a pauta de julgamentos do STF de quarta-feira e achei que, pela natureza dos assuntos a serem julgados, nada merecia acompanhamento. Nossa, que engano…

Há muitos olhares sobre tal episódio tão peculiar, que é mais um dos degraus na descida ao inferno do STF. Estamos todos perplexos com o que aconteceu. Por que uma sessão de julgamento de matéria administrativa descambou naquilo? Vou fazer a minha leitura.

Como leitor de acórdãos do STF eu venho há tempos observando como GM é deselegante no trato com os colegas. Ele interfere nos votos dos outros ministros, faz apartes, desqualifica os votos que estão sendo proferidos em sentido contrário ao que pensa, faz sarcasmo com as posições divergentes etc. Tudo como manda o figurino da truculência togada e letrada. Cada um reage a isso de acordo com o seu temperamento. Sabemos que um dos principais alvos do GM é o ministro Barbosa, por conta de episódios anteriores que são conhecidos.

Ontem GM fez isso novamente e alfinetou Joaquim insinuando que a) o ministro J. Barbosa desconhecia os dados do processo por negligência, já que faltaria demais às sessões; b) a informação solicitada por J. Barbosa não seria relevante para o julgamento do caso, por não interessar à solução técnica-jurídica.

Seria mais um evento de habitual descortesia do GM contra um desafeto que não lhe é submisso. Nada custaria ao presidente da sessão permitir o esclarecimento de um dos Ministros acerca da matéria que estava sob julgamento - pelo contrário, é dever de quem julga solicitar todos os esclarecimentos acerca do tema e debatê-los com os demais julgadores, pois essa é a essência do julgamento colegiado. Mas GM não iria perder a oportunidade de esculhambar o Min. Joaquim Barbosa, posando de superior em hierarquia e melhor informado que o Min. Barbosa, tudo ao vivo na TV Justiça com transmissão para todo o país.

Só que a reação do Min. Barbosa veio num ímpeto que misturou autodefesa com desabafo. Barbosa esclareceu que todos os afastamentos estavam justificados e autorizados pela corte e que era responsabilidade da Corte Constitucional saber as conseqüências integrais das decisões que adota, inclusive as sócio-econômicas. E Barbosa está com a razão, já que as cortes constitucionais, por também exercerem poder político (tese do próprio GM), devem receber as informações que um parlamento receberia sobre os impactos de suas decisões. Isso seria o suficiente.

A defesa passou ao contra-ataque e então Joaquim Barbosa disse com todas as letras o que pensava sobre a atuação midiática e comprometidade GM à frente do STF e quais as conseqüências disso para a reputação da Corte.

O principal responsável é o atual Presidente da Corte. GM merecia ouvir tudo aquilo. O seu “despotismo obscuro” , o personalismo, a egolatria na condução dos assuntos do Tribunal, tudo levou à certeza do diagnóstico proferido na sessão passada.

Mas não adiro ao entusiasmo dos comentaristas sobre o que aconteceu, pelo contrário. O Ministro Joaquim Barbosa devia ter tido um pouco mais de sangue frio. Esse descontrole era tudo o que GM precisava para se fazer de vítima e obter a “solidariedade” já conhecida das outras figurinhas da Corte e da mídia. Já estamos vendo movimento semelhante ao que ocorreu naquela sessão de “desagravo” após o HC de Dantas.
Joaquim Barbosa ficará isolado na corte e sofrerá campanha pública de “desconstrução” de imagem.

Por outro lado, ficou muito evidente que não podemos ter Ministros do STF que sejam ao mesmo tempo professores de cursinho jurídico de propriedade de um Ministro. O constrangimento é dobrado.

Finalmente, a suspensão dos trabalhos de quinta-feira é uma coisa que não tem justificativa. A birra de GM e Joaquim Barbosa não é tão importante assim. Que todos voltem ao Plenário e continuem trabalhando como Ministros adultos e responsáveis pelos milhares de processos em tramitação do STF.

Veremos as cenas que ocorrerão a partir de hoje.

Perdoe a extensão da análise. Agradeço o espaço.

***


Corre pela internet um manifesto de apoio ao ministro Joaquim Barbosa, para aqueles que quiserem.

Manifesto de apoio ao ministro Joaquim Barbosa

Se você concorda com o ministro Joaquim Barbosa e acha que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, está "destruindo a credibilidade do Judiciário" e que ele deveria "sair às ruas" para julgar de acordo com as necessidades do povo brasileiro e não em favor das elites, assine este manifesto de apoio.


http://www.ipetitions.com/petition/credibilidade_judiciario?e

Videoclipe contra a Guerra no Iraque

Prezados camaradas, vejam o videoclipe do SOAD contra a Guerra do Iraque, que mostram as manifestações ocorridas em todo o mundo, são imagens muito interessantes para contextualizar a luta anti-imperialista nos últimos anos, além disso, muito Rock na veia.

Bom som,

http://www.youtube.com/watch?v=5q-mYb65JbQ

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Finalmente uma voz se eleva contra os desmandos de Gilmar Mendes no STF

por Almir Cezar Filho

“Vossa Excelência não está na rua: está na mídia, destruindo a credibilidade da Justiça brasileira. Vossa Excelência não está falando com seus capangas em Mato Grosso”.

Joaquim Barbosa, para Gilmar Mendes


Quem viu a integra do vídeo da TV Justiça vê que Gilmar Mendes queria passar o rodo e foi deselegante com o ministro Joaquim Barbosa. Barbosa apenas reagiu a grosseira justamente daquele que deveria tranquilizar uma reunião que ficou tensa. Não é apenas a primeira vez que Gilmar Mendes é grosseiro em plenário.

Mendes, ao proclamar o resultado de um julgamento, fez críticas à visão apresentada por Barbosa sobre o caso. O ministro reagiu cobrando respeito do presidente da Corte.

"Vossa Excelência me respeite. Vossa Excelência está destruindo a Justiça deste país e vem agora dar lição de moral em mim. Saia à rua, ministro Gilmar. Faça o que eu faço", afirmou Barbosa.

Em resposta, Mendes disse que "está na rua". Barbosa, por sua vez, voltou a atacar o presidente do STF. "Vossa Excelência não está na rua, está na mídia destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro."

Irritado, Mendes também pediu "respeito" a Barbosa. "Vossa Excelência me respeite", afirmou. "Eu digo a mesma coisa", respondeu o ministro.

Barbosa chegou a afirmar que Mendes não estava falando com os seus "capangas de Mato Grosso". O ministro disse que decidiu reagir depois que Mendes tomou decisões incorretas sobre os dois processos analisados pela Corte.

"É uma intervenção normal regular. A reação brutal, como sempre, veio de Vossa Excelência. Eu simplesmente chamei a atenção da Corte para as consequências dessa decisão", afirmou Barbosa.

Mas Mendes reagiu: "Não, não. Vossa Excelência disse que faltei aos fatos. Não é verdade".

Em tom irônico, Barbosa disse que o presidente do STF agiu com a sua tradicional "gentileza" e "lhaneza". Mendes reagiu ao afirmar que Barbosa é quem deu "lição de lhaneza" ao tribunal. "Vamos encerrar a sessão", disse Mendes para acabar com o bate-boca.

A discussão ocorreu enquanto o plenário do STF analisava dois recursos apresentados ao tribunal contra leis julgadas inconstitucionais pela Corte.

Para piorar a reação dos outros ministros foi uma carta pública de desagravo a Mendes.

Joaquim falou a verdade. Teve coragem. Mostrou garra. Falou aquilo que qualquer pessoa razoável falaria (ou deveria falar) sobre as posturas de Gilmar Mendes.

Gilmar Mendes é cria de FHC. É ele que precisa ser repreendido.



Livro sobre Ruy Mauro Marini


Acabou de sair do forno esta nova publicação Boitempo/PUC-RJ América Latina e Os Desafios da Globalização: Ensaios Dedicados a Ruy Mauro Marini. Coletânea de artigos que fazem uma leitura da realidade atual latino-americana pela perspectiva das teorias do cientista social brasileiro Ruy Mauro Marini. É um livro imperdível sobre um autor que vem (e precisa) sendo redescoberto e desaparecido muito precocemente.

Seguem o índice.




Concretismo Já!

Prezados revolucionários,
Continuando com nossas redescobertas, apresento-lhes mais um ensaio em Vídeo, de uma das poesias do nosso grande mestre Décio Pignatari.

Tenham uma boa imagem, pois o texto é demais.
Abraços.


http://www.youtube.com/watch?v=JrKG0xfPLj0


quarta-feira, 22 de abril de 2009

CAMPANHA SALVEMOS O ESPAÇO DCE-UFF

Por omissão e casuísmo da Reitoria da UFF e da atual diretoria majoritária do DCE, está em perigo o Espaço DCE-UFF, uma conquista dos estudantes de quase 30 anos.

A própria Defesa Civil de Niterói se viu obrigada a interditar parcialmente o prédio para evitar acidentes e cobrar imediatas reformas por parte da reitoria. Mas apesar disso nada de obras começarem.

Parece até o que que o objetivo é expulsar os atuais usuários do prédio. Inclusive fomos informados que a Reitoria, com o aval da diretoria do DCE, já até realizou um concurso para reformulação do espaço, baseado no conceito de shopping cultural onde não há espaço para os projetos comunitários atualmente lá existentes(como o Pré-Popular).

Contra este absurdo iniciamos uma rede de solidariedade para lutar contra esta situação, denunciando a Reitoria e a direção majoritária do DCE e exigindo o início o imediato das obras. Além disso, queremos a garantia de que não seremos expulsos deste espaço que é destinado aos estudantes e ao movimento estudantil.

Salvemos o DCE-UFF antes que o prédio caia e acabem construindo lá um shopping ou estacionamento!


PARTICIPE! DENUNCIE! DIVULGUE!*


Comunidade no orkut: SALVEMOS O ESPAÇO DCE UFF


*CONCLAMOS A TODOS QUE PARTICPEM ENVIANDO MENSAGENS PARA JORNAIS, REVISTAS, RÁDIOS E DEMAIS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO, ALÉM DE CONTATOS NA INTERNET, ETC.

terça-feira, 21 de abril de 2009

O legado de Bush II e os desafios de Obama no Oriente Médio

Primeiro artigo do nosso novo colunista Vinicius Miguel. O presente artigo é uma análise dos desafios da política externa do governo Obama diante da situação legada pelo governo antecessor, o governo de George W. Bush.

Pois apesar de qualquer boa intenção o governo Obama deve lidar com a herança de seu antecessor e o fato de dirigir o mais poderoso Estado Nacional do capitalismo mundial, sujeito chave dos conflitos global, inclusive no Oriente Médio.


***

O legado de Bush II e os desafios de Obama no Oriente Médio

por Vinicius Miguel – Cientista Social.


Este texto pretende ser uma breve reflexão sobre os problemas que inevitavelmente serão enfrentados pelo novo presidente dos Estados Unidos da América (EUA) no Oriente Médio. Pretende-se uma breve introdução, não puramente teórica-acadêmica (não por aversão, mas por favorecer a brevidade e popularização) sobre a temática.

Com a eleição de Barack Hussein Obama, um advogado com atuação em direitos civis e professor de direito constitucional, o sentimento de esperança prevaleceu na difusa opinião pública mundial. Mas para além da pura esperança (que o autor não compartilha), quais são os imediatos desafios para o recém-empossado presidente no Oriente Médio?

O Oriente Médio é o mais intrincado e árduo legado deixado por George W. Bush após oito anos de desastrosa administração. A complexa região é agrupada para fins geopolíticos, ignorando as mais diversas clivagens étnicas, lingüísticas, religiosas, culturais e nacionais. Se ganha em didática, mas perde-se nos detalhes, abarcando uma vastíssima região que se estende do norte africano ao sudeste asiático, deformada em apenas um bloco monolítico cujo idioma é o árabe e a religião um Islã fundamentalista em moldes hollywoodiescos. Para este texto, estamos (tentando) nos limitar a Israel-Palestina, Iraque e Irã, em ordem estabelecida pela história.

A região ficou representada no imaginário social como riquíssima por suas reservas de petróleo e tomada por violentos e intermináveis conflitos de fundo religioso. Embora não seja em sua totalidade realidade, estas representações ocidentais contribuíram de forma decisiva e esta narrativa hegemônica, mostrando um Oriente exótico e incompreensível pela sua irracionalidade se tornou consenso, seja entre a imprensa, pretensos acadêmicos e principalmente, entre os povos ocidentais (onde incluímos o brasileiro).

A região é vital para os interesses das nações mais poderosas, desde passado remoto quando era rota de comércio e fornecedora de mais variadas matérias-primas, até o período mais recente, com a profunda dependência energética ocidental, hoje traduzida em petróleo e gás, recursos abundantes no local.

A região, desenhada, rabiscada, feita, desfeita e refeita pelas potências européias até muito recentemente (as fronteiras eram definidas de acordo com os interesses de elites e burocracias européias, dividindo a região de maneira a atender suas necessidades, criando colônias totalmente artificiais), se tornou também um assunto com relevância na política externa de países europeus e dos Estados Unidos da América com o cinematográfico ataque em onze de setembro de 2001.

Com a Guerra ao Terror declarada por Bush II, a região passa a ocupar local central nessa estratégia militar de contenção e enfrentamento a Estados considerados como campo de treinamento e abrigos para organizações terroristas, desconhecendo (ou propositalmente ignorando) o caráter não-estatal, não-hierárquico e descentralizado dessas redes amorfas.

O primeiro alvo desta guerra foi o Afeganistão (em 2001), há muito tempo um Estado marginalizado e destruído por anos de guerra civil, iniciada em 1979, quando um governo dito comunista e alinhado à União Soviética acabou testemunhando o enfrentamento entre o Socialismo Real e os EUA na região. O último, criou, disseminou, treinou e armou grupos fundamentalistas islâmicos, recrutados especialmente na Arábia Saudita (aliado incondicional até hoje dos EUA) para enfrentar os soviéticos, gerando o que hoje é a conhecida Al’Qaeda. Posteriormente, a estratégia estadunidense de combate ao terrorismo foi dirigida ao Iraque, governado também por um ex-aliado dos EUA, Saddam Hussein Al’Tikrit, um brutal ditador (entre os anos de 1979-2003) que teve por alicerce as Forças Armadas, preparado para conter a) uma sublevação maoísta, b) debelar agrupamentos muçulmanos xiitas ideologicamente alinhados com os preceitos do Aiatolá Khomeini, um líder religioso iraniano e, c) ser o contrapeso no frágil equilíbrio com o Irã, que havia sido palco de uma revolução progressista que derrubara uma fragilizada e corrupta monarquia leal ao Ocidente.

Hoje, o Iraque é o país mais instável, com alarmantes números de conflitos inter-étnicos. Os EUA mantém sua ocupação militar, a pretexto de promover a democratização do país e assegurar sua estabilidade, encarando forte resistência que vem custando a vida de 4.254 estadunidenses desde o início da invasão (sendo 25 desde a possa de Obama) (Dados de 03/02/2009). Poucas crianças freqüentam as escolas e o índice de desistência não parou de subir, em decorrência das hostilidades. A seca também é um novo problema, agravando a crise alimentar. Não só a guerra e ocupação militar são problemas, mas também a extrema pobreza e a economia arruinada. Os setores produtivos iraquianos, principalmente ligados à extração de petróleo, foram transferidos aos EUA, o que impede o uso destes recursos para a reconstrução. Alterar este paradigma, que se mantém demonstrando o caráter imperialista da ocupação, em busca de recursos e conquista de lucros, seria um grande avanço promovido por Obama.

Um segundo ponto é a superação das animosidades com o Irã, que envolve necessariamente um re-arranjo com o Iraque. Um Iraque estabilizado é de interesse dos países fronteiriços, incluindo o Irã, que não vê com bons olhos repetidos ataques contra comunidades e locais sagrados do xiismo. A insistência estadunidense, em acusar o Irã de pretender obter armas nucleares não ajuda em nada. No mais, qual seria o problema se o Irã realmente pretendesse obter armas nucleares? Israel possui (ao menos 200) armas nucleares e ainda não as usou, portanto, não há nenhuma “certeza” de que o Irã pretende obtê-las e, se o fizer, de que irá usá-las (assim como Israel não as usou!). O fato deve salientar as contradições de uma política em favor de uma “balança de poder”, mesma estratégia aplicada pelos EUA e aliados, fortalecendo inimigos e fomentando rivalidades apenas em nome de um suposto equilíbrio de forças, que nada serviu senão para instigar hostilidades e inimizades.

Finalmente, completando a trilogia “problemática” no Oriente Médio, temos a Questão Palestina. Uma solução para as relações entre Israel e Palestina é de crucial importância. A mais longa ocupação militar da história recente – e talvez uma das mais brutais! – é a motivação para ressentimento entre árabes e muçulmanos no mundo inteiro. Além da histórica trajetória de violência, Israel, com o apoio incondicional, seja por meios políticos nos organismos internacionais, como ONU e Corte Internacional de Justiça, seja pelos milionários recursos injetados semanalmente no país, seja pela cooperação militar, vem aprofundando as dosagens de bestialidade. As técnicas de ocupação e segregação com relação aos árabes se tornaram ainda piores, como a mais recente investida, a hedionda construção de um muro separando, isolando e cortando o território palestino param muito além das fronteiras do armistício de 1967. Essa nova estratégia de usurpação de terra palestina demonstra a total inviabilidade da criação de um Estado autônomo e a indisposição e teimosia israelense em cooperar com tal projeto, só restando agora à denúncia das práticas de apartheid israelense.

Obama terá que enfrentar forte lobby israelense-sionista nos EUA para contornar essa situação, mas este legado, herdado de Bush, se superado, significará o fortalecimento das relações com todo o Oriente Médio. A estabilização de toda a região passará, obrigatoriamente pela resolução da Questão Palestina, seja pela criação de um Estado livre e independente, seja pelo atendimento da demanda já crescente de um Estado único, secular e sem filiação étnico-confessional.

Não acreditamos que Obama desejará ou programará políticas nesse sentido. O processo de tomada de decisões, como bem sabemos, não é individual, mas envolve uma multiplicidade de atores, muitas vezes com percepções antagônicas.

Mas os desafios estão colocados e sua solução seria o atendimento de justiça com os povos e nações envolvidas, trazendo estabilidade e segurança para toda a região – se não para o mundo!


Notas:

A Revolução Iraniana (1979), de inspiração religiosa xiita profundamente anti-estadunidense, marcou o término das relações e influência recente dos EUA no país, um dos maiores produtores de petróleo da região. A revolução, que contou com maciço apoio popular, foi expressão de um nacionalismo latente, uma versão islâmica-oriental dos apelos que existiam por todo o Terceiro Mundo contra a opressão colonial. A revolução conseguiu formar um bloco histórico, unificando uma oposição que incluíam distintas frações marxistas, religiosos e segmentos constitucionalistas.

O fato é que, o Iraque, se aproveitando da instabilidade política provocada pelo momento revolucionária e deposição do rei persa M. Reza Pahlavi, iniciou a agressão, justificada por uma disputa de uma rica região fronteiriça. Em setembro de 1980, o Iraque, liderado por Saddam Hussein lançou uma larga operação militar para ocupar a área em disputa. A guerra foi inconclusa, deixando um saldo de meio milhão de mortos em ambos os lados e acusações de uso de armas químicas por parte do Iraque contra sua própria população curda e xiita.

Augusto de Campos

Prezados camaradas,

assistam a uma pequena parte de um dos maiores poetas concretistas.

Abraços,

Eduardo

http://www.youtube.com/watch?v=0AMX8Fj8gP4


segunda-feira, 20 de abril de 2009

Mais Décio Pignatari e Augusto de Campos

Vejam esta animação feita por Augusto de Campos, a partir do poema experimental chamado Life, de Pignatari, percebam o diálogo entre imagem e linguagem.

Vanguarda pura.


http://www.youtube.com/watch?v=RdXaHUXhoYI

Um pouco mais que Concretos

Camaradas, aí vai um vídeo de Décio Pignatari, um dos expoentes e responsáveis pela organização do movimento da poesia concretista no Brasil.

Até mais.

http://www.youtube.com/watch?v=xhAQQo9yuWc


Tecnocratas do BC subestimam crise e insistem em manter engessado os juros

BC não consegue ver os sinais da deflação no país
16/04/2009 - 21:04
http://www.monitormercantil.com.br/mostranoticia.php?id=60357

Nova York - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Mário Mesquita, reconheceu o "risco de deflação nas economias maduras". Mas alegou que, na América Latina, com exceção do Chile, "ainda estamos falando em desinflação, o que é uma situação diferente".

No Brasil, continuou, "o número para março (do IPCA) ficou em 5,61% no acumulado em 12 meses, isto é, bem longe de zero". A afirmação foi feita em palestra a empresários e investidores organizada pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, em Nova York.

As afirmações do tecnocrata do BC ajudam a ilustrar a dificuldade da autoridade monetária brasileira sintonizar-se com o movimento mundial de redução acentuada dos juros.

No Brasil, depois manter a taxa básica de juros (Selic) engessada, mesmo com o estouro da crise, no fim de 2008, o BC voltou a reduzir a Selic, mas em ritmo excessivamente tímido diante da ameaça de recessão que ronda o país.

O discurso de Mesquita reafirma que o BC parece subestimar os riscos da crise e não estar preparado para reduções efetivas dos juros.

Para ele, esse risco parece ronda apenas o restante do mundo, que, segundo Mesquita, deve registrar o "primeiro declínio do PIB global desde a Grande Depressão".

domingo, 19 de abril de 2009

Concretos

Prezados camaradas, continuando nossa redescoberta dos Poetas Concretistas, vejam esse vídeo feito a partir de uma poesia de Augusto de Campos, um dos mestres desse moviemento.

Abraços, e boa luta.


http://www.youtube.com/watch?v=TWveGYGbe5Y


Livro de teoria econômica explica ditos populares

Amigos e amigas do Blog recebi de uma amiga economista um livro em formato digital que procura utilizando a teoria econômica convencional explicar ditados e provérbios populares. É um exercício muito interessante e merece ser lido, até como passatempo. Em meio a bobagens - não da parte dos ditos, mas na tentativa vã de validar ou não o pensamento popular, utilizando uma lógica (a da teoria econômica) que não se encaixa na lógica aplicada (o do dito popular) - dá para aprender alguma coisa (e divertir-se).


***
O livro é e seu sumário

EM TERRA DE CEGO QUEM TEM UM OLHO É REI:
USANDO TEORIA ECONÔMICA PARA EXPLICAR DITADOS POPULARES


Capítulo 1: Atirou no que viu, matou o que não viu

Capítulo 2: "There is no such thing as a free lunch."

Capítulo 3: A esmola é demais, os mercados são eficientes, o almoço não é de graça e o Santo desconfia.

Capítulo 4: O Eleitor e o Cavalo (De Cavalo Dado Não Se Olham os Dentes)

Capítulo 5: Os melhores perfumes estão nos menores frascos

Capítulo 6: Quem dá aos pobres empresta a Deus

Capítulo 7: Diamonds are a girl’s best friend!!!

Capítulo 8: Vão-se os dedos ficam-se os anéis

Capítulo 9: O que abunda não prejudica*

Capítulo 10: A maioria tem sempre Razão

Capítulo 11: À Cavalo Dado Não Se Olha os Dentes!

Capítulo 12: Depois da tempestade vem a bonança

Capítulo 13: Dinheiro na mão é vendaval

Capítulo 14: O trabalho engrandece o homem. E cansa.

Capítulo 15: Não adianta dar murro em ponta de faca

Capítulo 16: Altruísmo ou “Consumo” Futuro?

Capítulo 17: Mais Vale um na Mão do que dois Voando

Capítulo 18: Faz a Fama e Deita na Cama

Capítulo 19: Não se faz duas refeições caras

Capítulo 20: A água mole, a pedra dura e os custos atrelados à relação entre os dois
em uma economia aberta

Capítulo 21: De graça até injeção na testa!

Capítulo 22: A galinha do vizinho é sempre mais gorda do que a nossa

Capítulo 23: Não se colocam todos os ovos em uma única cesta

Capítulo 24: A voz do Povo é a voz de Deus

Capítulo 25: Mais vale um pássaro na mão do que dois voando

baixe clicando aqui

sábado, 18 de abril de 2009

Marxismo acadêmico hoje: três livros bem interessante (3)

Hoje e nos dois últimos dois dias anteriores foram postados aqui no blog três livros do interesse de todos. São textos, infelizmente em inglês ainda sem edição aqui no Brasil, com interpretação de vários autores contemporâneo aportando contribuições sob a perspectiva marxista a questões atuais.


Karl Marx´s Grundrisse - O livro de hoje o terceiro é uma análise das Grundrisses de Karl Marx pela perspectiva de hoje.

boa leitura!!!

CoNcReTiSmO

Prezados resistentes, para sabermos um pouco mais do movimento Concretista, assistam a uma parte da entrevista de Haroldo de Campos, um dos mestres da poesia concreta, no Programa Roda Viva.

Eles não passarão,
Abraços.


http://www.youtube.com/watch?v=0oKlfa0bVWs


sexta-feira, 17 de abril de 2009

Marxismo acadêmico hoje: livros bem interessantes (2)

Ontem e amanhã serão postados aqui no blog três livros do interesse de todos. São textos, infelizmente em inglês ainda sem edição aqui no Brasil, com interpretação de vários autores contemporâneo aportando contribuições sob a perspectiva marxista a questões atuais.

Hiroshi Uchida - "Marx for the 21st Century" - O segundo é sobre a visão mais japonesa sobre Marx. É uma seleção de textos de autores contemporâneos de vários países enfatizando sob a perspectiva marxista questões atuais do capitalismo.


boa leitura!!!

Diversão, balé...como a vida quer...

Portanto um pouco de Rock de primeiríssima qualidade, para todos e todas, Rolling Stones.

Abraços aos queridos camaradas,


http://www.youtube.com/watch?v=p_euKhE7rw0


quinta-feira, 16 de abril de 2009

Marxismo acadêmico hoje: livros bem interessantes

Hoje e nos próximos dois dias serão postados aqui no blog três livros do interesse de todos. São textos, infelizmente em inglês ainda sem edição aqui no Brasil, com interpretação de vários autores contemporâneo aportando contribuições sob a perspectiva marxista a questões atuais. Essa seleção foi postada originalmente no blog do Theotonio dos Santos.

o primeiro livro é Peter Worsley - Marx and Marxism - Routledge.pdf - é de apenas 132 páginas e dá para ler de uma sentada. É uma coletânea de artigos de autores de vários países com muitos temas, todos com uma interpretação sob a perspectiva marxista.


boa leitura!!!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Curta cinco Poesias concretas

Prezados camaradas,

continuando com nossas novas redescobertas, vejam este curta-metragem a respeito da Poesia Concretista.

Para nós, é sempre importante manter a Memória e a História dos movimentos que contribuíram para revolucionar o nosso mundo sempre presente.

AAAAAAAAté maiiiiiiiiiis Verrrrrrrrrrrrr.


http://www.youtube.com/watch?v=yC3e7rmSYM4


Graves problemas nas Barcas. Re-estatiza as Barcas

Por Almir Cezar Filho

Prossegue os problemas nas barcas do RJ. A empresa privatizada que era promessa de melhorias resultou só em agravamento de problemas. Na última quarta-feira, 09 de abril, ocorreu o maior incidente, quando a estação Praça XV super-lotada acabou envolvida em um quebra-quebra provocada pela revolta dos passageiros que aguardavam as poucas barcas que circulavam em horário de rush e véspera de feriado prolongado.

Um das coisas mais típicas da região metropolitana do Rio de Janeiro é o indo e vindo das barcas cruzando a Baía de Guanabara, entre o Rio e Niterói e o Rio e a Ilha do Governador ou a Ilha de Paquetá.

Privatização

A um pouco mais de 10 anos a empresa hidroviária de passageiros do RJ foi privatizada sob a alegação que em mãos privadas receberia novos, importantes e maiores investimentos, e o cumprimento de promessas de novas linhas, como a Rio-São Gonçalo e a Rio-Charitas (bairro de Niterói). O que se viu foi um embelezamento, trocas de embarcações e aumento continuado no preço das passagens. Para agravar, houve a redução no número de barcas cruzando a baía, barcas super-lotadas e atrasos, interrupção de horários e acidentes.

Nos últimos anos vimos vários acidentes. Queda do telhado da estação Praça Araribóia (Niterói), afundamento de plataforma da estação Ilha de Paquetá, barcas batendo em navios e aerobarcos, barcas a deriva no meio da Baía da Guanabara por problemas mecênicos. Outro incidente que virou padrão foi as confusões no horário de rush na estações Praça XV e Praça Araribóia por superlotação ou atrasos em partidas. Há anos ve-se sinais que um grande incidente iria acontecer.

Repetindo a História

É bom lembrar, que quando as barcas foi estatizado no fim da década de 1950 (1959), que completa portanto 50 anos, foi em decorrência de grave quebra-quebra de passageiros após um acidente e atrasos, que se perdeu o controle e culminou em uma revolta urbana generalizada por Niterói, então capital do Estado do RJ, movimento que passou a História com o nome de "Revolta das Barcas". A solução das autoridades estaduais e federais foi a estatização da empresa que o operava, a Cantareira.

Atualmente, os passageiros vivem um momento pré-Revolta das Barcas. Um dos motivos da deflagração da revolta foi uma série de acidentes que resultou em uma greve dos funcionários, motivada tanto pelos acidentes como por atraso nos salários. Para piorar a empresa ao invés de ser punida pelas autoridades recebeu autorização para reajuste do preço das passagens. Um dia o caldo entornou.

O Governador Sérgio Cabral Filho após o último incidente ao invés de punir a Barcas S.A. empresa concessionária do sistema de barcas, com multas ou tomando a concessão, concedeu um vultoso empréstimo.

A justificativa é que a empresa opera em prejuízo e não teria recursos próprios para novos investimentos.

Queda do mito

Caiu por terra o mito que com as privatizações sobre o serviço público haveria melhora na qualidade. Com as privatizações virão além da piora, o aumento nos preços das tarifas.

A propaganda oficial no fim da década de 1990, com a conivência da grande mídia, era que o Pode público não teria recursos próprios para investimentos, sendo portanto imperioso o aporte do capital privado, que se daria através da transferência dos serviços e mesmo das empresas para a iniciativa privada.

Ora se a empresa não tem condições de administrar esse serviço que devolva a concessão. Se a empresa dá prejuízo que se devolva ao Poder público.

A solução é a re-estatização já. A re-estatização inclusive é uma prevenção para evitar uma nova "Revolta".

terça-feira, 14 de abril de 2009

Um pouco de poesia

Prezados camaradas, este vídeo mostra uma pequena parte do que era o poeta Paulo Leminski, para todos nós, uma das principais referências da poesia concreta.

Bom vídeo com muitas poesias.


http://www.youtube.com/watch?v=oEXklTvm3aU


segunda-feira, 13 de abril de 2009

Prédio do Espaço DCE UFF trepida. Tragédia anunciada

Por Almir Cezar Filho

Na sexta-feira dia 03/04, a diretoria realizou festa no prédio do Espaço DCE UFF, o mesmo que foi condenado pela Defesa Civil, enquanto que a Reitoria nada faz, a segunda desde a interdição da fachada.

Essas festas exigem muito das instalações do prédio e os recursos arrecadados não são revertidos para os seus reparos. O acesso ao prédio nesses eventos, à medida que a rampa encontra-se interditada, vem inclusive sendo feito pelo oferecimento da escada de fuga do Teatro MPB4, numa flagrante violação das normas de segurança.

Para piorar, relatos apurados pelo blog dizem ter visto o prédio trepidar durante o evento, fenômeno sentido por quem estava no prédio e também visto mesmo por quem passava pela avenida Visconde do Rio Branco, comprometendo ainda mais a abalada estrutura do prédio e comprovando também o risco a uma tragédia.

Spread alto leva a troca do comando do BB. Imprensa caí de pau no Governo

Ao confirmar a demissão de Antonio Lima Neto da presidência do Banco do Brasil, o governo anunciou ontem uma nova e agressiva fase para tentar derrubar os juros e os spreads bancários (diferença entre o custo de captação de dinheiro e a taxa dos empréstimos). O objetivo é provocar uma "guerra de preços" no mercado.

Para isso, explicou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, serão impostas ao novo comandante do BB, Aldemir Bendine, metas de dsempenho, uma espécie de contrato de gestão. Entre elas, acelerar as concessões de crédito e reduzir os custos de financimento. A intenção é fazer o BB influenciar os bancos privados.

Para Lula, a redução do spread bancário virou "uma obsessão”. A reação do mercado foi negativa: as ações do BB despencaram 8,15% na Bovespa, a maior queda do pregão. Segundo analistas, a troca mostra ingerência política do Planalto no banco.

‘Não agüentamos mais discutir com presidentes de bancos públicos, porque eles pensam que são presidentes de bancos privados" Ministra Di1ma Rousseff, segundo relato do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP)

O novo presidente do Banco do Brasil (BB), Aldemir Bendine, foi apresentado ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e já ouviu dele que terá de cumprir uma espécie de contrato de gestão para conquistar mais espaço no mercado ampliando o crédito, oferecendo melhores condições e sendo mais agressivo na concorrência com outras instituições financeiras. O ministro prometeu que o maior banco federal não vai perder rentabilidade com a queda dos spreads porque vai aumentar seu volume de crédito.

A agressividade para ocupar mais espaço no mercado não significa, de acordo com Mantega, abrir mão de segurança e responsabilidade na administração do Banco do Brasil. Como exemplo, citou que a inadimplência do BB é cerca de metade da média do mercado. "O banco vai continuar tendo lucros. Os acionistas podem ficar tranquilos", prometeu o ministro da Fazenda. Mas tranquilidade foi o que faltou na manhã de ontem com a elevação da temperatura sobre os boatos da queda de Lima Neto. A assessoria de Mantega só confirmou a saída do presidente do BB perto do meio dia, quando anunciou uma entrevista do ministro. As ações do BB caíram 8,1% no pregão de ontem da Bovespa.

As críticas aos spreads encontram eco nos juros que o BB cobra das empresas. Apesar de ter o crédito mais barato entre os grandes bancos no desconto de duplicatas, na modalidade de conta garantida, por exemplo, o BB cobra em média 5,33% ao mês, bem acima de concorrentes privados, como ABN Amro/Real (2,86%) e Bradesco (3,80%). Os dados constam do ranking de juros do Banco Central. O BB fica atrás de Santander, HSBC e ABN, nessa ordem, na linha corporativa para aquisição de bens. Já em capital de giro o BB é competitivo: só Santander tem taxas melhores. O BB, nesse caso, é tão vantajoso quanto a Caixa.

Nas principais modalidades de crédito para o consumidor, como cheque especial e crédito pessoal, os juros do BB só são maiores que os da Caixa.

Estes, ao contrário dos grandes bancos privados, já reduziram as taxas para patamares inferiores aos de antes da crise global, seguindo orientação do governo. Na comparação entre agosto de 2008 — antes da explosão da crise — e março deste ano, a taxa máxima do cheque especial no BB caiu 0,65 ponto percentual, de 8,56% para 7,91%. As críticas ao banco se referem, porém, à decisão de aumentar os juros, que chegaram a 8,62% entre outubro e dezembro, no auge da turbulência, influenciando o resto do mercado.

— Não existe explicação técnica para os altos spreads no Brasil. É preciso usar ainda mais o poder de fogo dos bancos federais para fomentar o crédito e acirrar a competição no setor — disse o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel de Oliveira.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a maior demanda por crédito interno de grandes companhias, que antes da crise se financiavam no exterior ou no mercado de capitais, inflacionou o custo do dinheiro para tomadores menores.


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Mudanças na presidência do Banco do Brasil repercute de maneira distinta na imprensa.

Fala-se que o BB ficará exposta a interesses políticos. Tanto eleitorais sobre a eleição presidencial de 2010 (viabilizar a candidatura de Dilma) como a nomeação de políticos para a diretoria. Esquecendo que as nomeações políticas sempre ocorram.

Fala-se no risco aos acionistas com a exposição do banco a empréstimos e cobrança de menores taxas de juros. Esquecem que o maior acionista é o povo brasileiro e que o BB tem taxa de inadimplência menor que a média dos grandes bancos privados. E que em um momento em que os grandes bancos estão travando o crédito nada como o maior deles começar a emprestar para pressionar os demais a segui-lo.

Vejam os títulos das matérias dos grandes jornais.


Valor Econômico - 09/04/2009
SOB NOVA DIREÇÃO, BB PASSA AO CONTROLE DE MANTEGA E PT
GOVERNO TROCA O COMANDO DO BB
Autor: Arnaldo Galvão

Gazeta Mercantil - 09/04/2009
Spread alto leva à mudança no comando do BB
Spread elevado derruba o presidente do Banco do Brasi
Autor(es): Viviane Monteiro

O Globo - 09/04/2009
NOVO PRESIDENTE DO BB TERÁ DE BAIXAR JUROS POR CONTRATO
JUROS BAIXOS NA MARRA
Autor(es): Patrícia Duarte, Geralda Doca e Eduardo Rodrigues

Jornal do Brasil - 09/04/2009
GOVERNO INTERVÉM NO BANCO DO BRASIL
MISSÃO AGORA É REDUZIR JUROS E SPREADS
Autor(es): Viviane Monteiro

Folha de S. Paulo - 09/04/2009
NOVO PRESIDENTE DO BB TERÁ META DE REDUÇÃO DE JUROS
GOVERNO TROCA CHEFE DO BB PARA CORTAR JURO
Autor(es): JULIANA ROCHA e SIMONE IGLESIAS

O Estado de S. Paulo - 09/04/2009
GOVERNO TROCA COMANDO DO BB E MERCADO TEME USO POLÍTICO
GOVERNO TROCA PRESIDENTE DO BB E AÇÕES CAEM
Autor(es): Lu Aiko Otta

Correio Braziliense - 09/04/2009
Degola de presidente derrete ações do BB
Ações do BB caem com politização
Autor(es): Vicente Nunes e Edna Simão

domingo, 12 de abril de 2009

Videoclipe do filme "Adeus, Lênin!"

camaradas, vejam um videoclipe bacana de uma banda alemã, faz parte da trilha sonora do filme Adeus, Lênin!.

Vale muito a pena.

http://www.youtube.com/watch?v=qrDDnt6AwvU


feliz revolução - dois blogs legais

sugestão de blogs revolucionários, conheça os trabalhos de dois companheiros artistas plásticos e uma companheira do teatro.

graficautopica.blogspot.com - Gustavo e Andrei

movimentodulcynelandia.blogspot.com - Bruna

boas inspirações

Dossiês sobre a Crise - visões keynesiana-marxista

As diferentes visões keynesianas-marxistas sobre a crise econômica mundial e o seu impacto sobre os países emergentes: uma primeira seleção de textos.

A crise global representou o fracasso dos economistas, dizem muitos observadores (inclusive economistas), na medida em que, com poucas e honrosas excessões dos praticantes da ciência (os economistas marxistas e parte das vertentes keynesianas) falharam em prever a crise que se anunciava.

Por outro lado, alguns economistas renomados do mundo acadêmico apontaram para o fato de que a crise representa de fato uma grande oportunidade para os economistas. Entre esses encontramos os economistas de interpretação keynesiana-marxista.

Como subsídio para a discussão apresento dois materiais interessantes para que se veja a multiplicidade de interpretações de vertente keynesiana-marxista sobre a crise:

- Interpretação keynesiana-marxista de François Chesnais (e outros)


- Interpretação keynesiana-marxista de Pierre Salama (com raízes no pensamento de Kalecki e de Celso Furtado)

Comunidade do Orkut "Salvemos o Espaço DCE UFF"

Criamos uma comunidade do orkut para organizar a campanha de solidariedade para salvar o Espaço DCE UFF.

A comunidade é Salvemos o Espaço DCE UFF.

Para se associar é acessar o link http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=56789564.

Participem e ajudem a salvar esse importante espaço cultural e político da UFF, do movimento estudantil e de Niterói.

sábado, 11 de abril de 2009

Jornada de Estudos sobre Currículo

Enviado por nossa amiga, Gelta Xavier, coordenadora do NUPEC (Núcleo de Pesquisa e Estudos sobre Currículo) da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense.


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CONVITE

O Núcleo de Pesquisas em Currículo convida para a Jornada de Estudos sobre Currículo, enfocando o tema “O aluno como invenção, sujeito a ser escolarizado”, a partir da produção de José Gimeno Sacristán, intelectual espanhol, dedicado ao campo, com muitos títulos traduzidos no Brasil.

Tal evento acontecerá no dia 13 de abril de 2009, de 15 às 18 horas, na sala 318, Bloco D, Faculdade de Educação-UFF, estando convidados estudantes e profissionais interessados na temática.

Esperamos sua presença.


Coordenação do NUPEC


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A Faculdade de Educação da UFF fica no bloco D, do Campus do Gragoatá, em Niterói, RJ.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Barbeiragem do BC levará a economia brasileira a uma retração

Por Almir Cezar Filho

O economista Yoshiaki Nakano acha improvável o Brasil escapar de uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Embora veja uma grande dificuldade para fazer previsões no atual cenário de incerteza, ele acredita que a economia brasileira pode ter uma queda de 2% a 4% em 2009 se a política econômica continuar como está.

Diretor da Escola de Economia de São Paulo (EESP) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Nakano diz que é fundamental destravar o crédito, reduzindo muito mais os depósitos compulsórios e os juros básicos. O Brasil, segundo ele, foi atingido com força pela crise principalmente porque "houve uma monumental barbeiragem das autoridades monetárias". O Banco Central demorou a agir e, quando o fez, foi tímido, critica Nakano, ex-secretário da Fazenda paulista.

A variação negativa do PIB, porém, não é irreversível, acredita ele. "É possível reverter essa situação, mas são necessárias medidas corajosas e muito fortes do lado do crédito", afirma Nakano, defendendo reduções mais significativas dos compulsórios e da taxa Selic. Ele vê espaço limitado para uma política fiscal anticíclica, num cenário de queda na arrecadação e aumento expressivo de gastos correntes.

FONTE: "Para Nakano, barbeiragem do BC vai derrubar PIB".
Sergio Lamucci,Valor Econômico - 09/04/2009

Tragédia anunciada no Espaço DCE. Apesar disso Reitoria UFF e diretoria do DCE não fazem nada

Prossegue sem solução a crise no Espaço DCE UFF, sede e espaço cultural do Diretório Central dos Estudantes da UFF (Universidade Federal Fluminense). Apesar de interdição em fachada, o prédio continua funcionando ainda sem previsão de obras. Pequenos acidentes viraram rotinas mas há sinais claros de que poderá em breve ocorrer uma tragédia. Contudo, a Reitoria da UFF e a diretoria do DCE agem ignorando tão grave situação.

O prédio

Os cinco andares da entidade estudantil, situado no Campus do Valonguinho, na Avenida Visconde do Rio Branco, hospeda em suas dependência um vasta gama de atividades. Além da secretaria da diretoria do DCE e o tradicional Teatro MPB4, há um curso pré-vestibular popular, 3 lojas, cantina e oficinas de artes e desportos. O prédio é também usado por uma ocupação estudantil, que luta pela implantação de um alojamento estudantil na UFF, por animadas festas, e no 4o andar ainda abriga a Biblioteca Central do Valonguinho.

O prédio encontra-se em estado físico tão precário, com risco acidentes por queda de reboco e mesmo de desmoronamento e incêndio. Por constatar tal situação, a Defesa Civil de Niterói mandou isolar o local no aguardo do começo das obras emergenciais pela Reitoria da UFF até agora ainda não anunciadas.

Omissão

O drama envolvendo o prédio arrasta-se a seis meses, quando piorou severamente o quadro das instalações, que não passa por uma reforma a alguns anos, abandonada pela reitoria da UFF e sob a aparente negligência das recentes diretorias do DCE. Pequenos acidentes, rachaduras nas paredes, quedas de rebocos e inúmeros curto-circuitos com incêndios não graves viraram rotina para os usuários do prédio. No entanto, até o momento, mesmo após duas intimações da Defesa Civil, não foram anunciadas nenhum obra para evitar uma eventual tragédia eminente.

A Reitoria embora tenha sido acionada (vide os laudos da própria Defesa Civil - 01 e 02) e afirmar já dispor dos recursos, em nenhum momento vê-se o início das obras ou alguma previsão de começo. Por sua vez, a diretoria do DCE apesar de anos de omissão, parece, mesmo agora, não fazer nenhum movimento político, institucional ou de protesto para reivindicar o imediato começo dos reparos.

A Defesa Civil contudo, limitou-se a emitir dois laudos à Reitoria da UFF, onde indica sérias reformas, na parte hidráulica, elétrica e estrutural, e cercar emergencialmente a fachada do prédio, não realizando nenhum tipo de medida mais enérgica, provavelmente inibida pelo fato do prédio estar em área federal. Apesar do acesso ao prédio pela fachada junto a Avenida Visconde do Rio Branco estar interdidata o prédio continua funcionando normalmente pondo em risco os usuários do prédio, transeuntes e comprometendo ainda mais a estrutura do prédio.

Aumenta-se o risco de um tragédia

Apesar do cenário de uma tragédia anunciada a diretoria do DCE-UFF trata o caso com total indiferença. Além da interdição da fachada, nas últimas semanas áreas internas do prédio do Espaço DCE estão interditadas, como banheiros e escadarias. Emboços de tetos inteiros estão caindo e uma viga da laje de um andar praticamente envergou comprometida com infiltrações. Mesmo com os laudos e a interdição a diretoria do DCE continua usando tendo uma relação problemática com o prédio, inclusive o comprometendo ainda mais.

Na sexta-feira passada, dia 03 de abril, como vêm sendo praxe, a diretoria realizou festa no prédio, a segunda desde a interdição da fachada. Essas festas exigem muito das instalações do prédio, e ainda, nenhum dos recursos ali arrecados são revertidos para os seus reparos. O acesso ao prédio nesses eventos, à medida que a rampa encontra-se interdidata, vem inclusive sendo feito pelo oferecimento da escada de fuga do Teatro MPB4, numa flagrante violação das normas de segurança.

Para piorar, relatos apurados pelo blog de estudantes, servidores da UFF e mesmo entre os transeuntes dizem ter visto o prédio trepidar durante o evento, fenômeno sentido por quem estava no prédio e também visto mesmo por quem passava pela avenida Visc. Rio Branco. Comprometendo ainda mais a já abalada estrutura do prédio e comprovando também o seríssimo risco a uma tragédia.

Tragédia anunciada

Uma tragédia anunciada, onde nenhuma das partes que poderiam resolver parecem nada fazer. Enquanto isso, aqueles que desenvolvem atividades ou utilizavam o prédio como o principal acesso alternativo a parte alta do campus do Valonguinho ou estão prejudicados ou expostos a uma grave ameaça.


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Anexos

Laudo da Defesa Civil 02 e 01

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Reitor e Diretoria do DCE levam o prédio do Espaço DCE à destruição

Redito hoje o artigo sobre a interdição pela Defesa Civil de Niterói do prédio do Espaço DCE UFF provocada por anos de omissão da diretoria do DCE e da Reitoria da UFF. O prédio em vários trechos parece que vai desmoronar oferecendo risco as atividades políticas, culturais e sociais que ocorrem lá e os transeuntes.

Mesmo após a interdição do acesso a fachada do prédio feita unilateralmente pela própria Defesa Civil a diretoria violou essa ordem e continua realizando atividades lá e não pressiona a Reitoria pelo imediato início das obras.

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O Espaço DCE-UFF, prédio do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal Fluminense, na entrada do campus do Valonguinho, foi interditada pela Defesa Civil Municipal. A culpa é do Reitor da UFF e da Diretoria do DCE que nada fizeram pelo prédio após anos de abandono e omissão de ambas às partes. Enquanto isso, os usuários do prédio e a comunidade universitária que por lá trânsita estão severamente prejudicados ou ameaçados. Porém tal omissão infelizmente não é casualidade, é orquestrada e deliberada, e põe em perigo não apenas a segurança física dos estudantes mas também a autonomia do movimento estudantil da UFF.

O prédio é uma espécie de centro cultural administrado autonomamente pelo movimento estudantil embora pertencente à universidade. Foi construída pelos Diretório Acadêmicos e pelo DCE a décadas atrás e passou pela repressão da Ditadura Militar e outras repressões. Em cinco andares estão abrigados, além da biblioteca central do Valonguinho (que fica no 4o andar), uma cantina (3o andar), o Pré-Universitário Popular Fernando Santa Cruz (2o andar), o Teatro MPB-4 (1o andar), uma loja, um ateliê, um mecanografia (xerox), cursos e oficinas. Atualmente no 5o andar encontra-se a ocupação do movimento dos sem-moradia universitária. O prédio também é usado pelos estudantes do campus do Valonguinho como principal meio de acesso da Avenida Visc. do Rio Branco com o alto do morro do Valonguinho, onde há o Instituto de Química, de Biologia e Anatômico.

Desde a década de 90, sob a influência dos ataques neoliberais, a manutenção do prédio passou a ser arcada exclusivamente pelo DCE, quebrando o compromisso político e administrativo inaugurado no início da década de 1980, de que a Reitoria apoiaria o DCE nos cuidados do prédio. A cada luta do DCE contra os reitores e o Ministério da Educação contra a reforma universitária, cortes de verbas e extinção de assistência estudantil (fechamento do restaurante estudantil, diminuição do número de bolsas, etc), a Reitoria diminuía repasses, funcionários para conservação do prédio. Contudo, até a metade da década de 2000 as sucessivas diretorias do DCE conseguia manter pelo menos a salubridade das instalações, tanto pressionando às vezes a Reitoria para conseguir algumas migalhas para reparos no prédio como pelo recursos captados com os aluguéis das lojas e cantina e realizando atividades culturais no Teatro e no 5o andar. Porém, nos últimos anos houve uma virada na postura da diretoria do DCE. Praticamente passou-se a abandonar o prédio.

Hoje em dia, a diretoria não pressiona mais a Reitoria da UFF e também não aplica os recursos levantando com prédio no próprio prédio. A deteriorização a cada dia foi ficando mais visível. O feio foi ficando perigoso. Graves infiltrações, rachaduras, embolços e rebocos caíndo surgiram e pioraram sem nada ser feito para consertá-los. O prédio continuou sendo usado e os aluguéis eram recolhidos. Contraditoriamente passou-se a usar ainda mais o prédio, e para usos que o desgastaram ainda mais, e que o prédio não teria condições nem se estivesse reformado, e que as diretorias anteriores tinham preocupação disso. E para piorar nenhum centavo dos aluguéis ou do arrecado do DCE foi usado no para reparos no prédio. O resultado é visto agora, com a interdição interposta pela Defesa Civil, algo anunciado desde a metade do semestre passado.

A diretoria do DCE e o reitor nada fizeram para impedir e até agora não fizeram nada. As promessas de obras por parte da administração central da UFF não foram cumpridas. Por sua vez, a diretoria do DCE não pressiona, não corre atrás, nada faz. Os recursos da universidade para um reforma emergencial do prédio estão aprovados desde a metade do ano passado, e estão parados na SAEP-UFF (Superintendência de Arquitetura, Engenharia e Projetos da UFF, órgão que sucedeu a Prefeitura do Campus, e que é responsável por obras, reparação e manutenção de instalações dos campi). A SAEP foi procurada inúmeras vezes por locatários do Espaço DCE e pela coordenação do Pré-Universitário Fernando Santa Cruz e em todas as vezes os responsáveis disseram não ter sido acionados pela diretoria do DCE. Para piorar, todas as previsões de começo da suposta obra foram adiados ou negadas haver datas.

Nas últimas semanas, a Defesa Civil veio várias vezes inspecionar o prédio, condenando dos banheiros até a fachada. Fontes da Defesa Civil nos informaram que muitos avisos foram enviados a Reitoria e a SAEP. Os engenheiros e técnicos da UFF retrucaram para não interditar pois já estariam por iniciar as obras, o que não foi feito. O que acabou ocorrendo foi que a Defesa Civil julgou por fim interditar a entrada do prédio, o que pode ser visto na parte fachada com a avenida Visc. do Rio Branco. Porém, a interdição aconchabrada com a diretoria do DCE, restringiu a rampa e a fachada, enquanto isso o 1o andar como os demais andares continuam liberados.

A própria diretoria do DCE violou o parecer de interdição da Defesa Civil, organizou na sexta-feira passada, 27 de março, já após a interdição, uma festa no Teatro MPB-4, onde a entrada do mesmo se deu pela escada de emergência que tem acesso por fora do prédio, por dentro do campus, violando todas as normas de segurança. Enquanto isso, o acesso ao restante do prédio está se dando exclusivamente pelo portão do alto do campus do Valonguinho prejudicando os usuários regulares do prédio e os estudantes que transitam pelo campus, que usam o Espaço DCE como via que facilita a subida do morro.

Parece estranho e contraditório, a diretoria do DCE parece querer protelar o começo da obra de seu prédio. Há um fundamento por trás disso. Se fecharem agora o Espaço DCE para as reformas a UFF serão obrigados a dar locais alternativos as atividades lá instalados (a ocupação do movimento dos sem-moradia, o Pré-vestibular, as lojas, os cursos de capoeira, etc), e ainda recebê-los no prédio de volta após a reforma. O que parece não estar nos seus planos. Com isso, a reitoria e a diretoria do DCE não teriam obrigações de acomodá-los de volta no prédio, o parece não querer. Visto que a atual diretoria do DCE possui diferença políticas com a Coordenação do Pré e com a Ocupação.

Dessa forma, há uma lógica nessa negligência da diretoria do DCE sobre o prédio. Essa diretoria acredita que em algum momento futuro a Reitoria seria obrigada a fazer uma grande reforma com melhorias nas instalações.

Ilude-se a diretoria do DCE, visto que o mais provável é que o novo prédio em qualquer concepção do Reitor seria um "shopping" e que sua administração estaria unicamente sob o controle da Reitoria. No máximo a diretoria receberia um pequeno espaço para instalar a sede do DCE. Contudo, a diretoria de crer, que apesar dessa derrota, poderão divulgara aos estudantes que foi uma vitória, que conseguiram arrancar da reitoria da UFF um "mega-reforma".

A diretoria do DCE parece não discutir publicamente suas ações, não ouve ou respeita os fóruns democráticos, e ainda, ao invés de criticar a Reitoria fica na inércia ou parte para uma política de contemporanização com o reitor.

É preciso lembrar, que o Espaço DCE é fruto de muita luta do movimento estudantil, uma patrimônio material e histórico, construído após muitos sacrifícios de sucessivas gerações de lutadores. A autonomia gerencial desse prédio é uma garantia de independência do movimento estudantil, de ter um espaço livre para reunir-se, realizar eventos e desenvolver projetos culturais e políticos. Por outro lado, é uma obrigação da reitoria a manutenção física do prédio, pois é um espaço do campus universitário da UFF, tal qual outra unidade acadêmica, e é dever da diretoria do DCE exigir da reitoria o cumprimento dessa função.

O blog é absolutamente contrário a transformação do Espaço DCE em shopping, centro de convivência, ou qualquer outra coisa que não seja o que o movimento estudantil democraticamente decidiu e construiu ao longo dos anos, muito menos que se destrua em meio ao descaso.

Mas também, por outro lado, o prédio do Espaço DCE deve passar urgentemente por uma séria e profunda reforma estrutural bancada pela Reitoria da UFF, sem prejuízo a autonomia gerencial do prédio ao DCE e aos atuais "condôminos" do prédio (lojistas, professores e alunos do Pré e demais cursos, moradores da ocupação do 5o andar, encenadores do teatro, etc), que precisam ter seus trabalhos preservados de prejuízos, riscos e interferências.

Que a reitoria, SAEP e a diretoria do DCE se pronunciem.

O blog está aberto a resposta de ambos.

Vestibular Extraordinário da UFF: vagas em Campos para Ciências Econômicas e outros cursos

A Universidade Federal Fluminense (UFF) fará um vestibular extraordinário no meio do ano para preencher 150 vagas oferecidas no polo de Campos dos Goitacazes.

As vagas são para os cursos de Ciências Econômicas, Ciências Sociais e Geografia. As aulas terão início no segundo semestre. O edital do concurso deverá ser divulgado até o fim do mês.

Essas vagas fazem parte da transformação um polo universitário da faculdade que a UFF já mantinha na cidade, o Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional, mas que até presente ano apenas oferecia o curso de Serviço Social.

Concurso para Professor

O Departamento de Economia da UFF está com inscrições abertas para a seleção simplificada de professor substituto (uma vaga), na área de concentração Economia Política, classe de Auxiliar, regime de 20 horas semanais.

As inscrições podem ser feitas das 9 às 18 horas, na Secretaria do Departamento de Economia, que fica na Rua Tiradentes, 17, no Ingá, em Niterói. A seleção será mediante prova de aula, entrevista e análise curricular. Os exames vão ser realizados nos dias 14 e 15 de abril.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Gilmar Mendes e o Ministério Público

Gilmar Mendes presidente do Supremo Tribunal Federal vem sendo já a vários meses a figura que ocupa o maior espaço da grande imprensa. Tornou o porta-voz de uma elite que sente medo de ser investigada e presa.

Recentemente atribuiu aos supostos "abusos" da Polícia Federal a falta de controle externo sobre esse órgão, em que propõe que seja feita pelo órgão que ele preside, o STF. Questionado se o Ministério Público Federal (MPF) já não fazia isso sobre a PF, disse que vinha se dando de forma "literário-poética". Contudo, Mendes tem problemas a muito tempo com o MPF.

Sua briga com o Ministério Público Federal há muito tempo.

1) Sua carreira no serviço público federal se inicia no MPF, anterior à Constituição Federal de 1988. Era portanto, um cão de guarda da ditadura. Após a aprovação da Constituição, passou a advogar.

2) Foi o advogado de Collor no processo de impedimento no Senado, se batendo contra Evandro Lins e Silva.

3) No governo FHC, como chefe da AGU (Advocacia Geral da União), se bate com o MPF por diversas vezes.

4) Há o caso dos usos de aviões para viagens, no qual ele, Raul Jungman e Sardemberg estão postos. Hoje Jungman, deputado, é o mesmo que se faz de perseguidor do delegado Protogenes, do juiz De Sancti e do procurador De Grandis, na CPI das Escutas Clandestinas.

5) Há ainda as denúncias a respeito do IDP, instituição de ensino que Mendes é um dos donos - contratos com a AGU para cursos de especialização.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Brasil tem desigualdade "sul-africana", diz estudo do Ipea

Fonte: Brasil de Fato

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) compilou diversos índices sociais, econômicos e ambientais internacionais em um estudo intitulado "Desenvolvimento e experiências nacionais selecionadas: percepções com base nos indicadores comparativos internacionais". O órgão reuniu dados sobre 11 países, que segundo o instituto, servem como parâmetro para analisar o desenvolvimento do Brasil.

As nações escolhidas podem ser divididas em três grupos: os países capitalistas desenvolvidos, também chamados de países centrais (EUA, Finlândia, Espanha e Alemanha); os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), “emergentes” com grande extensão territorial e populacional; e países com estruturas similares à do Brasil (África do Sul, Argentina e México).

O estudo apresenta uma perspectiva dos índices sociais em 30 anos, expondo dados de 1975, 1990 e 2005. Em geral, os indicadores dos países promoveram uma curva ascendente, com a exceção de África do Sul e Rússia. Ambos apresentaram uma piora em relação a 1990, no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Entre os 11 países selecionados, apenas Brasil, África do Sul, México e Alemanha reduziram a desigualdade de renda entre os trabalhadores entre 1990 e 2005. O estudo utilizou como medida da desigualdade o índice de Gini, que varia de 0, quando todos os indivíduos possuem a mesma renda, a 1, quando há total desigualdade, ou seja, apenas um indivíduo concentra toda a riqueza do país. Em termos numéricos, o Brasil passou de 0,604, entre 1990 e 1995, para 0,564. no período 2000-2005. Assim, a desigualdade foi reduzida em 7% em 15 anos. O índice brasileiro é quase semelhante ao da África do Sul (0,565), que é o pior índice entre os países avaliados, mesmo com uma redução de 11% em relação a 1990-1995.

A Alemanha foi o país que teve a maior redução de desigualdade (14%) e divide com a Finlândia o posto de país mais igualitário, com um índice de Gini de 0,260.

Só 6% controlam geração de renda no Brasil

Agência Brasil

Os meios de produção de riqueza do país estão concentrados nas mãos de 6% dos brasileiros. É uma das conclusões apresentadas no livro Proprietários: Concentração e Continuidade lançado na última quinta-feira (2), na sede do Conselho Regional de Economia (Corecon), em São Paulo.

A publicação é o terceiro volume da série Atlas da Nova Estratificação Social do Brasil, produzida por Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e vários economistas do órgão. Do livro, consta um levantamento que revela que, de cada 20 brasileiros, apenas um é dono de alguma propriedade geradora de renda: empresa, imóvel, propriedade rural ou até mesmo conhecimento – também considerado um bem pelos pesquisadores.

Em entrevista coletiva organizada para o lançamento do livro, Pochmann afirmou que a concentração das propriedades no Brasil é antiga e remete aos tempo da colonização. Desde a concessão das primeiras propriedades agrícolas, passando pela industrialização ocorrida no século 20, até o aumento da atividade financeira, os meios de produção sempre estiveram sob controle da mesma e restrita parcela da população nacional.

"A urbanização aumentou o número de propriedades e de proprietários, mas não acompanhou o aumento da população. A concentração permanece. Nós [brasileiros] nunca vivemos uma experiência de democratização do acesso às propriedades no nosso país", disse.

De acordo com o livro, os proprietários brasileiros têm um perfil específico comum. A grande maioria tem entre 30 e 50 anos de idade, é de cor branca, concluiu o ensino superior, e não tem sócios.

Para Pochmann, o quadro da distribuição das propriedades brasileira é grave. O Brasil tem seus meios produção de riqueza mais mal distruídos entre os países da América Latina, por exemplo. E isso não deve mudar em um curto prazo, segundo o economista.

“Estamos fazendo reforma agrária desde os anos 50 e nossa distribuição fundiária é pior do que a de 50 anos atrás; nossa carga tributária onera os mais pobres; a única coisa que vai bem é a educação", afirmou ele, citando dados que apontam que o percentual dos jovens que frequenta a universidade passou de 5,6%, em 1995, para cerca de 12%, em 2007.

Pochmann disse porem que mesmo com o aumento dos índices da educação, ele ainda está muito aquém do encontrado na Europa, onde 40% dos jovens têm diploma universitário. Ressaltou também que a mudança da distribuição das propriedades por meio da educação é a forma mais lenta de justiça.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Frase do dia

A preocupação é que com as políticas do Governo para mitigar a crise, beneficiando as grandes empresas, entupindo-as de subsídios, isenções tributárias, créditos facilitados e prorrogação de pagamentos de dívidas, especialmente dadas aos exportadores, tudo com a justificativa de proteger os empregos dos trabalhadores, levem a um processo de fortalecimento da concentração de renda.

A frase de hoje é de Celso Furtado, economista brasileiro, pai do pensamento sobre desenvolvimento econômico.

"Desconcentrar a renda é obra de longo prazo e de persistência, e exige que se recentre o sistema econômico no mercado interno, a fim de que o desenvolvimento não seja socialmente excludente."

(Celso Furtado)

sábado, 4 de abril de 2009

Fator Previdenciário ataca velhinhos e não ajuda o INSS

Jornal Monitor Mercantil, 01/04/2009 - 21:04
FS ataca velhinhos e não ajuda o INSS
http://www.monitormercantil.com.br/mostranoticia.php?id=59659

De acordo com a economista Denise Gentil, da UFRJ, somente 6% dos pedidos de aposentadoria no Brasil são por tempo de contribuição. Isso, segundo ela, esvazia o argumento de que o fator previdenciário (FS) - regra que joga para baixo o cálculo para concessão de benefícios, sob alegação de escassez de recursos - seria necessário para o equilíbrio das contas da Previdência.

Denise disse ainda considerar contraditório o governo insistir no fator previdenciário no momento em que tenta aprovar na reforma tributária a retirada de R$ 27 bilhões da Previdência sob pretexto de desonerar a folha de pagamento das empresas.

"O fator previdenciário, instituído no governo Fernando Henrique Cardoso, em 1998, é uma quebra de contrato, pois implica obrigar as pessoas a trabalharem mais tempo para terem o mesmo benefício, com menos tempo para aproveitá-lo. Isso é execrável", critica a economista, atualmente na diretoria de Estudos Macroeconômicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A Denise frisou, ainda, não existir qualquer relação direta entre desoneração da folha de pagamentos das empresa privadas e aumento da oferta de emprego: "Sobretudo na hora da crise, desonerar folha de pagamentos não gera emprego. O que diminui o desemprego é o dinamismo da economia. Ao desonerar a folha, o governo troca receita por um resultado duvidoso."

Sobre as alternativas para o fator previdenciário, em discussão no Congresso por iniciativa do senador Paulo Paim (PT-RS), ela considera melhores, porém piores que as regras que valiam antes da criação daquele mecanismo, na década de 90 pelo governo Fernando Henrique Cardoso.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Peugeot demite 250 no Estado do Rio

Enfim chegou no RJ as demissões das grandes montadoras - a Peugeot seguiu a mesma estratégia da Embraer e cia.

Jornal Monitor Mercantil, 31/03/2009 - 11:03
http://www.monitormercantil.com.br/mostranoticia.php?id=59578

A Peugeot demitiu 250 funcionários da fábrica de Porto Real, no sul Fluminense, que estavam em licença remunerada desde janeiro, para se adequar ao novo cenário de queda nas vendas. A multinacional francesa informa que outros 450 trabalhadores que estavam em férias coletivas desde janeiro voltarão ao trabalho esta semana para reforçar os dois turnos de trabalho da montadora.

Em nota, a empresa diz que as demissões e reintegrações resultaram de negociações com o sindicato local durante todo o mês de março. Os trabalhadores demitidos terão direito a mais três meses de plano saúde e auxílio-alimentação pelo mesmo período.

“Assim, funcionando em dois turnos, a fábrica de Porto Real terá um efetivo de aproximadamente 3.000 funcionários, um número 30% superior aos 2.300 colaboradores que trabalhavam na unidade industrial em 2007, antes da adoção do terceiro turno, quando as linhas de montagem também funcionavam em duas equipes”, destaca a companhia.

No acumulado do primeiro bimestre, a empresa comercializou 21.240 unidades no mercado brasileiro, com queda de 5% em relação a igual intervalo de 2008. As exportações de veículos, por sua vez, registraram queda de 30% no período, enquanto as vendas externas de motores caíram 78%.

A montadora argumenta ainda que desde o fim de 2008 adotou várias medidas para preservar o seu efetivo no Brasil. Em dezembro, concedeu férias coletivas para os funcionários de sua fábrica de Porto Real. No início de janeiro deste ano, o terceiro turno foi colocado em licença remunerada por três meses. E, entre 26 de janeiro e 24 de fevereiro, a empresa adotou um novo período de férias coletivas para toda a fábrica. auxílio-alimentação pelo mesmo período.

"Assim, funcionando em dois turnos, a fábrica de Porto Real terá um efetivo de aproximadamente 3.000 funcionários, um número 30% superior aos 2.300 colaboradores que trabalhavam na unidade industrial em 2007, antes da adoção do terceiro turno, quando as linhas de montagem também funcionavam em duas equipes", destaca a companhia.

No acumulado do primeiro bimestre, a empresa comercializou 21.240 unidades no mercado brasileiro, com queda de 5% em relação a igual intervalo de 2008. As exportações de veículos, por sua vez, registraram queda de 30% no período, enquanto as vendas externas de motores caíram 78%.

A montadora argumenta ainda que desde o fim de 2008 adotou várias medidas para preservar o seu efetivo no Brasil. Em dezembro, concedeu férias coletivas para os funcionários de sua fábrica de Porto Real. No início de janeiro deste ano, o terceiro turno foi colocado em licença remunerada por três meses. E, entre 26 de janeiro e 24 de fevereiro, a empresa adotou um novo período de férias coletivas para toda a fábrica.

Comentário:

A medida da Peugeot foi "concidentemente" um dia antes da entrar em vigor que a renovação da isenção de IPI seria prorrogada apenas às montadoras de automóveis que mantivesse postos de trabalho.

Risco de Acidentes no Espaço DCE da UFF

Exclusivo: o blog tem em mãos um relatório de risco de acidentes do Espaço DCE-UFF

O Espaço DCE, prédio que é sede e uma espécie de centro cultural do movimento estudantil da UFF (Universidade Federal Fluminense) e administrado pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes) passa por uma grave crise estrutural. Totalmente abandonado pela diretoria do DCE e pela reitoria da UFF que deveriam zelar pelo prédio.

Agora o estado de abandono chegou ao um ponto que põe severamente em risco aos usuários do prédio e culminou com a interdição na sexta-feira, 27 de março, pela Defesa Civil.

O blog Limiar teve acesso ao um laudo formulada por uma técnica em segurança do trabalho que condena o prédio e diagnostica a exigência de obras urgentes para proteger os usuários do Espaço DCE perante riscos de acidentes e salubridade. O relatório tem fotos que mostram a vergonha que chegou o prédio, sendo que as imagens já estão desatualizadas, o estado do prédio ficou ainda pior no passar das semanas.


O laudo pode ser baixado aqui

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Cartilha da Uerj ajuda idosos em procedimentos bancários

Jornal Monitor Mercantil, 31/03/2009
http://www.monitormercantil.com.br/mostranoticia.php?id=59575

A Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI), localizada na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), lançou, nesta segunda-feira, uma cartilha para ajudar idosos em procedimentos bancários. A publicação tem texto acessível e ilustrações para atrair a atenção dos maiores de 65 anos. Elaborada por Sandra Rabello, coordenadora de Projetos de Extensão da UnATI/Uerj, com o auxílio de sua bolsista, Danielle de Paiva da Rocha, a cartilha oferece dicas importantes sobre como utilizar o caixa eletrônico dos bancos, e ensina a evitar golpes como o do "cartão engolido", da "saidinha de banco" e do recadastramento bancário.

Segundo Sandra, a idéia da publicação surgiu por meio de uma pesquisa realizada com pessoas da terceira idade. Ao conversar com idosos, ela percebeu que os problemas referentes a procedimentos bancários e à ação de golpistas são mais comuns do que se imagina.

- A cartilha é um projeto de extensão. Já elaboramos uma sobre violência contra o idoso e, agora, estamos distribuindo esta sobre o serviço bancário. Fizemos uma pesquisa e investigamos quais as principais dificuldades que os idosos enfrentam nas instituições bancárias - explicou.

De acordo com a coordenadora, é comum encontrar estranhos rondando idosos para terem acesso a senhas bancárias. Em outros casos, a própria família se aproveita da ingenuidade dos mais velhos. Sandra lembra também que ainda é tímida a utilização de profissionais para auxiliar idosos nos caixas eletrônicos.

- O idoso, às vezes, precisa de auxílio não só no que diz respeito ao caixa eletrônico, mas também em relação a cheques e conta corrente - acrescentou.

A elaboração da Cartilha de Procedimentos Bancários para a Pessoa Idosa recebeu o apoio do Procon - órgão de defesa do consumidor -, do Ministério Público, e do Núcleo Especial de Atendimento à Pessoa Idosa (Neapi), subordinado à Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.

A publicação pode ser adquirida gratuitamente na UnATI/Uerj, que fica na Rua São Francisco Xavier, 524, 10º andar, bloco F, Pavilhão João Lyra Filho. A cartilha também pode ser obtida pela Internet. Basta acessar o endereço www.unati.uerj.br (há um link na página principal).

Dossiê "A Crise Capitalista e a Esquerda"

A Revista IHU On-Line, da UNISINOS, acaba de publicar um dossiê sobre A CRISE CAPITALISTA E A ESQUERDA.

O link dá acesso ao conjunto da revista onde encontra-se as entrevistas de economistas e sociológos brasileiros e estrangeiros como Paul Singer, David Harvey, Michael Hardt, Robert Kurz, James Petras, Eric Toussaint, Reinaldo Gonçalves, Mario Deaglio e Ricardo Abramovay

Link da revista:

http://www.unisinos.br/ihuonline/impressa/

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Dia 30 de março: Todos contra a Crise



Dia 30 de março, segunda-feira, os principais centrais sindicais (Conlutas, CUT, CGTB, CTB, Força Sindical e Intersindical) e o movimento estudantil (Ames-Rio, DCE-UFRJ, DCE-UERJ, grêmios como do Colégio Pedro II, CEFET-RJ, e DAs de várias faculdades)realizaram na cidade do Rio de Janeiro e simultaneamente em outras grandes cidades (São Paulo, etc) atos contra a crise econômica, as demissões em massa, o ataque aos direitos sociais e trabalhistas.




A Marcha começou na Candelária e cruzou a Rio Branco até a Almirante Barroso parando na Avenida Chile, entre o prédio do BNDES e a Petrobras.

A equipe do Limiar e Transformação fez a cobertura do ato registrando em fotos e vídeos que iremos postar no blog e no canal do youtube.



Estamos disponibilizando para a imprensa sindical e jornalismo independente é só entrar em contato pelo email do blog ou diretamente para o email almircezarfilho@gmail.com.