quinta-feira, 12 de março de 2009

Noticiário: Sinais de Recessão no Brasil. Parte da culpa disso é do Banco Central

Brasil é o 2º país mais afetado pela crise

11/03/2009 - 21:03
http://www.monitormercantil.com.br/mostranoticia.php?id=58701

Um estudo apresentado nesta quarta-feira pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo diz que o Brasil é o segundo país mais prejudicado pela crise internacional. Em comparação com vários países, entre os quais Alemanha, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos, Japão, Canadá, China, México e Coréia, o Brasil foi o que apresentou maior retração acumulada do produto interno bruto (PIB) desde o início da desaceleração da economia mundial.

De acordo com a pesquisa, o Brasil acumulou queda de 5,3 pontos percentuais do PIB (soma de todos os bens e riquezas produzidos no país) desde que a crise começou a afetar seu crescimento, no fim do ano passado. De um crescimento de 1,7% ocorrido no terceiro trimestre de 2008, o país apresentou variação do PIB de -3,6% do quarto trimestre.

Os Estados Unidos, por exemplo, apresentaram diferença acumulada de -2,8 pontos percentuais. De um crescimento de 1,2% no terceiro trimestre de 2007 - o último antes do início da desaceleração - o país fechou o quarto trimestre de 2008 com queda de 1,6% no PIB.

Levando em consideração as premissas do estudo, o Brasil só tem melhor resultado do que a Coréia, que acumula diferença de -7,2 pontos percentuais. O resultado, porém, foi acumulado em quatro trimestres de retração da economia. No Brasil, isso ocorreu em um trimestre.

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Nem com recessão, Meirelles?

Jornal Monitor Mercantil, 11/03/2009 - 21:03
http://www.monitormercantil.com.br/mostranoticia.php?id=58705

COPOM REDUZ JUROS EM APENAS 1,5 PONTO, COMO SE CRISE FOSSE SÓ MAROLINHA. PARA CNI, QUEDA É FRUSTRANTE - Embora excessiva para a ortodoxia do Banco Central, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa básica de juros (Selic) em 1,5 ponto percentual, para 11,25% ao ano, mostra que, se depender do BC, o Brasil não conseguirá sair da recessão em que já se encontra neste primeiro trimestre.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou a redução de "frustrante". Já o Ministério da Fazenda esperava queda de dois pontos.

Apesar dos desastrosos números do produto interno bruto (PIB) no último trimestre de 2008 e da produção industrial, em janeiro, divulgados na véspera pelo IBGE, o Copom manteve o Brasil na esdrúxula condição de um dos raros países do mundo com juros com de dois dígitos.

Em plena recessão, a queda devolve a Selic ao piso de 11,25% anuais, registrado entre setembro de 2007 e abril de 2008, quando a taxa já era o maior juro real do mundo.

Ao contrário da reunião de janeiro, a decisão de agora da diretoria colegiada do BC foi unânime e tomada em um tempo relativamente curto, cerca de duas horas.

A unanimidade pode ser explicada pelo fato de a decisão dos burocratas do BC ter sido tomada sob forte pressão política. Se a queda fosse ainda menor, poderia expor uma divisão no interior do Copom.

No comunicado distribuído depois da reunião, o Copom, no entanto, tenta se descomprometer com novas quedas dos juros, ao concentrar seu o foco na inflação e não na atividade econômica.

"O Comitê acompanhará a evolução da trajetória prospectiva para a inflação até a sua próxima reunião, levando em conta a magnitude e a rapidez do ajuste da taxa básica de juros já implementado e seus efeitos cumulativos, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária", dizem os burocratas.

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ONU já teme risco de "default" dos emergentes

Jornal Monitor Mercantil
http://www.monitormercantil.com.br/mostranoticia.php?id=58714

"Os números do Brasil e de outros países em desenvolvimento estão mostrando que entramos definitivamente na primeira grande recessão global desde a Segunda Guerra Mundial", afirmou o prêmio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz. Nesta quarta-feira, o economista anunciou que a comissão que ele preside na ONU para reformar o sistema financeiro apresentará uma proposta para criar um mecanismo para financiar os países em desenvolvimento e evitar um default.

Stiglitz, porém, alerta que a proposta da Europa de reforçar o FMI com US$ 500 bilhões não será suficiente para evitar a recessão global. "A crise não surgiu nos países emergentes. Mas agora eles serão os mais prejudicados. A crise é bem mais profunda que se imaginava", disse.

O pacote de propostas será divulgado na próxima semana, antes da reunião do G-20, em Londres. A idéia da comissão, formada por economistas de todo o mundo, é a de sugerir medidas de curto e longo prazo para reformar o sistema financeiro. A primeira delas é incrementar de forma substancial o financiamento aos países emergentes.

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