domingo, 16 de novembro de 2008

A Teoria da Crise no Marxismo - uma análise ontológica como contribuição ao debate

por Almir Cezar Fº
Economista graduado na Univ. Fed. Fluminense (UFF) e mestre na Univ. Fed. Uberlândia (UFU)

A recente crise econômica mundial iniciada em 2008 trouxe sustos e muitas perguntas, inclusive reavivando velhas polêmicas na esquerda intelectual e na Economia crítica de tradição não-burguesa. Essa crise surgida após o estouro da bolha imobiliária estadunidense lembrou ao mundo que o Capitalismo sempre viveu imerso a (ou sob a ameaça de) recorrentes crises ou instabilidade permanente. Começaremos aqui uma nova série de artigos sobre a crise, especificamente sobre teoria da crise capitalista segundo o Marxismo, em titulado A Teoria da Crise no Marxismo - uma análise ontológica como contribuição ao debate. O texto é uma versão resumida de uma parte da minha monografia de conclusão de curso de graduação sobre regulação e crise no sistema capitalista segundo Karl Marx e o Marxismo (Crise e Regulação em Marx: uma crítica ontológica a Escola da Regulação).

O objetivo é conseguir observar no Marxismo, em base as elaborações apresentadas por Karl Marx e Fridriech Engels e O Capital, as causas da crise capitalista e suas formas de manifestação, procurando analisar as tendências recorrentes, cíclicas, crônicas e crescentes de crise do sistema capitalista. Identifica e entende o porquê do caráter progressivamente mais crítico que ganha essa sistema, à medida que avança no capitalismo a configuração monopolística. Assim, obtêm-se simultaneamente, as possibilidades analítica-explicativa em torno ao desequilíbrio inter-setorial e de crise de realização, como também, à manifestação da tendência de longo prazo à queda da taxa de lucro, como, por fim, identificar a causa primária da crise capitalista na contradição crescente no desenvolvimento do caráter social nas forças produtivas e da preservação das formas privadas nas relações de produção.

Estará a série dividida em 10 capítulos e uma bibliografia, agrupados em 3 partes, sendo a primeira parte sobre a controvérsia sobre as crises entre os próprios marxistas. Cada capítulo é um artigo independente, podendo ser lido separadamente, excetuando o fato que a bibliografia foi destacada na forma de um capítulo à parte, permitindo observar cada um dos aspectos das questões marxistas em torno à crise econômica capitalista. Porém, o conjunto, tanto tomado em suas 3 partes, como reunidos, formam uma totalidade. A ideia aqui não é serem artigos científicos/acadêmicos convencionais, mas minutas e borradores para futuros artigos e sugestões e referência a outros pesquisadores. Isso implica que vez em quando o texto sofrerá revisões redacionais e de diagramação. Pede-se, obviamente, que não se plagiem os textos e os citem como fonte quando for necessário.

O plano das partes e os capítulos que lhes compõem são os seguintes:
(Atualizado em 03/07/2014)

Nenhum comentário:

Postar um comentário