terça-feira, 21 de outubro de 2008

Taxa de juros: a taxa da discórdia

por Almir Cezar Filho

O que a autoridade monetária brasileira deve fazer com a taxa de juros diante da crise econômica?
Há um pouco mais de um mês atrás o Banco Central brasileiro aumentou a taxa de juros alegando ser uma medida preventiva a intensificação da crise econômica mundial. 

Contudo, no mundo inteiro os bancos centrais vêm, ao contrário do seu análogo brasileiro, reduzindo drasticamente a suas taxas.

Então a questão está colocada: o que deve o BC diante da crise?
Ao meu ver reduzir drasticamente a taxa de juros para aumentar o crédito na economia e manter o investimentos em curso e o estímulo dos consumidores. O risco principal na economia brasileira não é de aumento da inflação mas de desaceleração econômica. Se o BC irá fazer, é outra coisa. Duvido. O BC brasileiro é foi capturado pelos banqueiros nacionais, e na prática, age como um comitê deles.

Num momento de crise bancária internacional, onde seu lucro caí vertiginosamente em outros países, encontrar um local - o Brasil - onde a lucratividade se mantém ou se amplia, devido a altas taxas de juros, e portanto, altos rendimentos com os títulos públicos e com empréstimos, é uma salvação aos negócios.

O fim dessa situação só ocorrer se a situação econômica no Brasil piorar muito e os políticos forem obrigados a pressionar o Banco Central a mudar sua orientação. Ou o povo na rua exigir a cabeça do presidente do BC (Meirelles) e de quem colocou lá (o presidente Lula).

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